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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

CPI pode investigar CBF, federações e obras da Copa

Publicação: 31 de Outubro de 2013 


Brasília (AE) - O senador Mário Couto (PSDB-PA) protocolou ontem um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e nas federações estaduais de futebol e também com gastos do governo nas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014. Ele apresentou o pedido com 33 assinaturas, seis a mais do que o mínimo necessário.
Antonio MiottoEstádios como o Itaquerão, que ainda recebem obras, terão os gastos incluídos na investigaçãoEstádios como o Itaquerão, que ainda recebem obras, terão os gastos incluídos na investigação

Pelas regras da Casa, os senadores têm até a meia-noite de hoje para retirar as assinaturas e, se inferiores a 27 apoios, abortar a criação da CPI. Se não forem retiradas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve ler na semana que vem o requerimento de criação da comissão e cobrar os líderes partidários que indiquem os representantes para compor o colegiado.

Antes do recesso dos parlamentares, em julho, outro parlamentar do PSDB tentou, sem sucesso, levar adiante a criação de uma CPI para investigar irregularidades no uso de recursos federais para a Copa. O deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) pediu uma CPI mista - composta por deputados e senadores -, mas a comissão não foi criada porque parlamentares retiraram o apoio dela.

Mário Couto disse que pretende investigar o conluio que tem, segundo ele, entre presidentes de federações e a gestão do ex-presidente Ricardo Teixeira na CBF, que se perpetuaram por décadas no poder. Segundo o senador, os dirigentes estaduais apoiavam a manutenção de Ricardo Teixeira e, em troca, receberiam proteção e recursos repassados pela CBF. As apurações, segundo o pedido de CPI, vão abarcar suspeitas de irregularidades que remontam o ano 2000.

Para o senador tucano, se criada, a CPI também vai analisar as obras da Copa de 2014, as renúncias fiscais em favor da CBF e até patrocínios da seleção brasileira de futebol.

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