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sábado, 18 de abril de 2015

Operação Salt: Polícia Federal prende oito em Mossoró

Oito pessoas presas dentre as 20 denunciadas por crimes por tributários e lavagem de dinheiro. Esse foi o resultado da terceira fase da Operação Salt deflagrada ontem (17) em Mossoró. A ação também cumpriu mandados de busca e apreensão em locais ligados ao grupo empresarial que teria sonegado mais de R$ 500 milhões. Segundo o Ministério Público Federal, os mandados de prisão cumpridos ontem (17) pela Polícia Federal resultaram de ações ajuizadas pelo MPF, que apresentou quatro denúncias por lavagem de dinheiro, uma denúncia por organização criminosa, uma denúncia por falsidade ideológica e pedido de prisão preventiva para 20 pessoas.

AssessoriaPolícia Federal fez primeiras apreensões de documentos em 2013

Na ação de ontem, foram presos diversos parentes do empresário Edvaldo Fagundes, que até o fechamento desta edição (18h) ainda era considerado foragido junto com um dos filhos identificado como Rodolfo Leonardo Soares Fagundes de Albuquerque. Foram detidos a esposa do empresário Zulaide de Freitas Gadelha e dois filhos identificados como Ana Catarina Fagundes de Albuquerque e Edvaldo Fagundes de Albuquerque Filho. 

Além deles, foram presos um genro do empresário identificado como Felipe Vieira Pinto; os administradores Genival Silvano de Souza e Miguel Ângelo Barra e Silva; e o contador Tupinambá de Paiva Carvalho. As prisões teriam ocorrido para evitar fugas dos investigados, segundo o procurador Emanoel de Melo em entrevista coletiva ontem após a operação.

Sonegação
De acordo com o MPF, o grupo é acusado de integrar uma organização criminosa que, desde 1990, pratica crimes de sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. “Por meio de um grande emaranhado de empresas, muitas delas de ‘fachada’, o chamado Grupo Líder conseguiu sonegar mais de R$ 500 milhões”, detalhou trecho do material divulgado pelo MPF.

Segundo as investigações, o empresário, a esposa e quatro filhos detinham poder de mando no grupo. O MPF apontou 13 laranjas e 21 empresas envolvidas.

As supostas ilegalidades já haviam levado a Polícia Federal a deflagrar outras duas operações - em dezembro de 2013 e em 26 de março deste ano. As ações de autoria dos procuradores da República Aécio Tarouco e Emanuel Ferreira apontam que a organização criava empresas que só existiam no papel. 

A utilização dos chamados “laranjas” seria para garantir o livre ingresso de receitas nos caixas do grupo, assim como o branqueamento de bens, mediante complexo esquema de blindagem patrimonial contra as ações da Receita. As investigações do MPF, ainda em andamento, também apontaram que o Grupo Líder teria como “matriz” a empresa Tecidos Líder Indústria e Comércio Ltda., autuada pela primeira vez em 2004.
Fonte: Tribuna do Norte

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