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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Procuradoria pede para o STF investigar José Agripino

Brasília (AE) - A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para investigar o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), suspeito de cometer os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, de acordo com fontes com acesso às investigações. O senador é suspeito de combinar o recebimento de propina com executivos da construtora OAS com valores desviados das obras de Arena das Dunas, estádio construído em Natal para receber quatro jogos da Copa do Mundo de 2014.
Antonio Cruz/ABr
Pedido formulado pela Procuradoria-Geral da República surpreendeu o senador José Agripino.
No entendimento da Procuradoria, o caso não tem vinculação com a Lava Jato e, por isso, não deve ficar sob relatoria do ministro Teori Zavascki, relator das investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras na Corte. O pedido de abertura de inquérito será encaminhado à presidência do Supremo para ser redistribuído. O caso é mantido oculto no sistema do Tribunal. Até o fechado nesta edição, às 23 horas, não havia detalhes sob quais circunstâncias o senador foi citado, por quem, nem como se chegaram as elas.

Procurado, o senador disse que ainda não tinha sido notificado sobre a investigação. "A acusação é absurda, inverídica e descabida. Se ela existe, eu vou me colocar à disposição do judiciário para prestar as informações necessárias", afirmou o presidente do Democrata ao jornal O Estado de S.Paulo.

A Arena das Dunas foi colocada à venda em março deste ano pela OAS, responsável pela obra, menos de um ano depois dos jogos. A medida fez parte de um pacote da construtora para evitar prejuízos junto aos credores. Com dívida de R$ 8 bilhões, a companhia enfrenta dificuldades de crédito no mercado desde que foi vinculada ao esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. 

O estádio potiguar custou R$ 423 milhões e foi construído por meio de uma parceira público-privada. Desse total, R$ 100 milhões foram financiados pela OAS; o restante, pelo Governo do Rio Grande do Norte via BNDES. 

Esta é a segunda investigação que tem Agripino como alvo. Em março, o STF abriu um inquérito contra ele, suspeito de ter cobrado propina no valor de R$ 1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do Rio Grande do Norte. O parlamentar foi citado em delação premiada de um empresário do Estado numa investigação do Ministério Público estadual no âmbito da Operação Sinal Fechado. O caso está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia e tramita em segredo de justiça no Tribunal.

Fonte: Tribuna do Norte

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