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terça-feira, 26 de julho de 2016

Homens armados com facas fazem reféns em igreja na França degolam um padre, antes de serem mortos pela polícia

Um padre foi assassinado nesta terça-feira em uma tomada de reféns em uma igreja no norte da França, um ataque que aumenta a tensão neste país atingido nos últimos 18 meses por vários atentados terroristas.
Dois homens fizeram reféns em uma igreja Saint Etienne du Rouvray, na região da Normandia, no norte da França, na manhã desta terça. Um padre morreu (Foto: Charly Triballeau / AFP)
Os dois criminosos que agiram nesta igreja localizada em Saint-Etienne-du-Rouvray, a 125 quilômetros de Paris, foram abatidos pela polícia, informou o ministério do Interior francês.

Um padre foi assassinado e outro refém estava "entre a vida e a morte", informaram fontes policiais e do ministério. Três reféns foram liberados e estão sãos e salvos, acrescentou a mesma fonte.

Não se sabem as motivações dos dois criminosos, que morreram durante a operação lançada pela Brigada de Busca e Intervenção (BRI) de Rouen, mas a investigação está a cargo da seção antiterrorista.

Esta tomada de reféns ocorre num contexto de alta tensão na França, doze dias depois de um atentado em Nice (sudeste) que deixou 84 mortos e mais de 300 feridos. O ataque de Nice foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

Também ocorre no dia da inauguração em Cracóvia (Polônia) da Jornada Mundial da Juventude, um encontro mundial de católicos que contará com a participação do papa Francisco.

O presidente francês, François Hollande, e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, se dirigiam ao local do crime. O primeiro-ministro, Manuel Valls, disse que os franceses "permanecerão unidos" diante deste "ataque bárbaro".

Imagens dos meios de comunicação mostravam vários veículos de emergência no local do incidente e ruas bloqueadas.

A França, que foi alvo de três ataques de grande porte nos últimos 18 meses - 17 mortos em janeiro de 2015, 130 mortos em 13 de novembro deste ano e 84 mortos no dia 14 de julho - vive afundada no medo de novos ataques.

Vários ataques na Alemanha nos últimos dias, alguns deles reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, também aumentaram os temores na Europa.

Depois do ataque em Nice, a França estendeu por seis meses o estado de emergência, em vigor desde os atentados terroristas de 13 de novembro de 2015 em Paris. Este regime dá à polícia poderes adicionais.

Em sua propaganda e seus comunicados de reivindicação, o grupo Estado Islâmico convoca a atacar os líderes "cruzados" ocidentais e o "reino da Cruz", uma expressão que faria referência à Europa.

A ameaça de um ataque contra um local de culto cristão estava na mente de todos na França, sobretudo depois que um projeto de atentado contra uma igreja católica nos arredores de Paris em abril de 2015 foi abortado.

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