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terça-feira, 8 de março de 2022

Estudo: Mesmo casos leves de Covid causam perda de massa cinzenta do cérebro

A pesquisa, que seria a maior até agora de seu tipo, descobriu que a doença pode ter acelerado o envelhecimento do cérebro.
Estudo promovido pela Universidade de Oxford analisou o cérebro de mais de 700 pessoas, entre infectados e não infectados pela
Por O TEMPO
Um estudo da universidade britânica Oxford, publicado nesta segunda-feira, 7 de março, na revista Nature, apontou que mesmo os casos leves de Covid-19 podem acelerar o envelhecimento do cérebro, causando perda de massa cinzenta e anormalidades no tecido cerebral. Muitas das mudanças ocorreram na área relacionada ao olfato.

A pesquisa, que seria a maior desse tipo realizada até o momento, avaliou imagens cerebrais - antes e cerca de 4 meses após a infecção - de 401 pessoas que tiveram Covid-19 entre março de 2020 e abril de 2021. Os resultados foram comparados com exames de 384 pessoas que não foram contaminadas pela doença e que tinham idades, fatores de risco e características sociais e econômicas parecidas com daqueles que pegaram o novo coronavírus.

Após a análise, os pesquisadores de Oxford descobriram que, enquanto quem não pegou o vírus perde de 0,2% a 0,3% da massa cinzenda nas áreas relacionadas do cérebro enquanto envelhecem, os contaminados com a Covid perderam de 0,2 a 2% a mais do tecido.

Os participantes do estudo também passaram por testes cognitivos usados para detectar demência e testar a velocidade e função do processamento cerebral. Com isso, os pesquisdores perceberam que as pessoas que sofreram maior perda de tecido cerebral acabaram tendo os piores desempenhos no exame. 

Entretanto, ainda de acordo com o estudo, como as áreas afetadas estavam mais relacionadas ao sistema olfativo, acredita-se que seja possível atenuar a perda da massa cerebral após o sentido ser recuperado. Por isso, as pessoas deveriam ser examinados novamente dentro de 1 ou 2 anos.

Por fim, os autores do estudo alertam que a descoberta levanta a possibilidade de que a Covid-19, a longo prazo, possa contribuir para o aumento da doença de Alzheimer ou outras formas de demência.

Fonte: O Tempo

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