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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Greve termina na Caixa e no BB

Publicação: 15 de Outubro de 2013 às 00:00

Os bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF) no Rio Grande do Norte voltarão ao trabalho nesta terça-feira (15), mas a greve no Banco do Nordeste (BNB) ainda vai continuar pelo menos por mais um dia. A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Bancários do RN realizada no final da tarde ontem. Os bancários do BNB devem realizar outra assembleia ainda hoje, às 16h na sede do sindicato, para reavaliar a situação.
João Maria AlvesClientes do Bradesco fazem fila na agência Rio Branco, em Natal, no primeiro dia depois da greve que durou quase um mêsClientes do Bradesco fazem fila na agência Rio Branco, em Natal, no primeiro dia depois da greve que durou quase um mês

A Superintendência da Caixa Econômica Federal informou ontem que as agências da CEF no Rio Grande do Norte abrirão duas horas antes para atendimento específico – pagamento do Bolsa Família, Seguro Desemprego, INSS, FGTS etc. No caso das agências de Natal, a abertura será  às 8 horas. Para os demais serviços bancários - depósitos, saques, entrega de cartões de débito ou crédito, entre outros, o expediente começará uma hora antes  (9h00) pelo menos até o final desta semana, como forma de compensar os transtornos provocados pela mais longa paralisação da categoria desde 2004, quando os bancos ficaram 30 dias em greve.

Durante a greve deste ano, correntistas da Caixa e do Banco do Brasil em Natal reclamavam que não conseguiam fazer depósitos, nem mesmo usando os terminais eletrônicos, tendo em vista que a opção estava indisponível.

A categoria já havia aceitado a  proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 8% para os funcionários e elevação do piso em 8,5%, mesmo que o pedido inicial fosse de um reajuste de 11,93% e outras reivindicações financeiras. Em relação à reposição das horas paradas, a presidente do Sindicato dos Bancários, Marta Turra, informou que os bancos propuseram que as horas extras sejam repostas até o dia 15 de dezembro e, caso não se atinja essa meta, metade das horas seria anistiada.

Segundo ela, o sindicato não obteve boas respostas dos bancos sobre as reivindicações. “O acordo não foi bom, mas não dá mais. Ninguém aguenta mais esse sofrimento, tanto do povo quanto nosso”, declarou.

Em nota publicada no site oficial do sindicato, os grevistas apontaram o enfraquecimento do movimento causado pelo comando nacional da greve, encabeçado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), como principal motivo para encerrar a greve nos dois bancos públicos. “A greve ainda permanecia forte em vários locais, mas manobras fizeram com que a greve fosse rejeitada pelo Brasil. Para se ter uma ideia, na assembleia da Caixa em Brasília, a base foi impedida de se manifestar”, diz a nota.

Enquanto a paralisação nos dois bancos públicos terminou ontem, a greve dos bancos privados acabou desde a semana passada. Em assembleia na sexta-feira (11) novamente no CIC, a categoria decidiu normalizar o atendimentos nas agências privadas do Estado e aceitar a proposta da Fenaban.

A paralisação nas agências bancárias potiguares segue uma tendência nacional da categoria. Com exceções em bancos regionais, como Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco da Amazônia (Basa), Banrisul e Banpará, bancários de todo o país devem voltar ao trabalho. Outra exceção são os bancários de Uruguaiana (RS), onde bancos públicos e privados continuam a greve, e funcionários da Caixa no Amapá, onde as propostas específicas foram consideradas insuficientes pelos trabalhadores.

Ao mesmo tempo, bancários de todo o Brasil  voltaram ao trabalho. Em Recife, as agências públicas e privadas voltaram ao trabalho ontem. No Ceará, os grevistas tomaram uma decisão parecida com a dos potiguares: voltar ao trabalho no Banco do Brasil e Caixa e decidir em outra assembleia hoje a situação no BNB, cuja sede fica em Fortaleza.

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