Papa afasta bispo do luxo e manda recado ao clero
Publicação: 24 de Outubro de 2013
Jamil Chade - Agência Estado
Genebra (AE) - O Vaticano suspendeu um bispo alemão pelos gastos considerados excessivos e mandou uma mensagem a todo o clero: não irá tolerar ostentação. Ontem, o papa Francisco anunciou que o bispo de Limburg, Franz-Peter Tebartz-van Elst, deveria ser mantido fora de atividade, depois que gastou 31 milhões de euros (R$ 93 milhões) para renovar sua residência oficial.
Francisco, desde o primeiro dia de mandato, havia deixado claro que queria uma “Igreja pobre para os pobres” e que a função dos religiosos era servir. O bispo Franz-Peter, chamado de “bispo do luxo”, transformou-se num primeiro teste para o papa, que, há três dias, havia pedido uma reunião com ele e acabou o afastando. O caso ainda revela que o Francisco está disposto a punir esse tipo de comportamento, enquanto dá demonstrações de que não perseguirá bispos por declarações sobre a doutrina.
Ontem, numa nota, o Vaticano indicou que seria “apropriado um período de ausência da diocese” para o bispo Franz-Peter. “Uma situação foi criada na qual o bispo não pode mais exercer suas funções episcopais.” Num país onde parte dos impostos dos cidadãos vai para a Igreja, o bispo ganhou notoriedade pelos gastos. Fiéis e organizações não governamentais (ONGs) pediram a demissão dele depois das revelações de que apenas o banheiro de sua casa teria custado 15 mil euros, além de uma mesa para reuniões avaliada em 25 mil. Uma capela privada também foi erguida, no valor de 2,9 milhões, além de uma sala de jantar de 65 metros quadrados.
Numa missão para visitar pobres na Índia, o bispo viajou em primeira classe. Mas foi o fato de ele ter mentido sob juramento numa corte em Hamburgo sobre os gastos que convenceu o papa a afastá-lo. Originalmente, a residência deveria ter custado 5,5 milhões de euros. Mas o valor final foi seis vezes maior. Só o jardim saiu por 783 mil. Ao ser convocado para dar explicações ao papa, no início da semana, o bispo optou por viajar com uma companhia de baixo custo. Mas a medida não convenceu. O bispo ainda explicou que a obra era complexa, por ser um edifício antigo.
Genebra (AE) - O Vaticano suspendeu um bispo alemão pelos gastos considerados excessivos e mandou uma mensagem a todo o clero: não irá tolerar ostentação. Ontem, o papa Francisco anunciou que o bispo de Limburg, Franz-Peter Tebartz-van Elst, deveria ser mantido fora de atividade, depois que gastou 31 milhões de euros (R$ 93 milhões) para renovar sua residência oficial.
Francisco, desde o primeiro dia de mandato, havia deixado claro que queria uma “Igreja pobre para os pobres” e que a função dos religiosos era servir. O bispo Franz-Peter, chamado de “bispo do luxo”, transformou-se num primeiro teste para o papa, que, há três dias, havia pedido uma reunião com ele e acabou o afastando. O caso ainda revela que o Francisco está disposto a punir esse tipo de comportamento, enquanto dá demonstrações de que não perseguirá bispos por declarações sobre a doutrina.
michael probst/arquivo/ap/ecPunição a Franz-Peter reforça decisão de Francisco sobre pobreza
Ontem, numa nota, o Vaticano indicou que seria “apropriado um período de ausência da diocese” para o bispo Franz-Peter. “Uma situação foi criada na qual o bispo não pode mais exercer suas funções episcopais.” Num país onde parte dos impostos dos cidadãos vai para a Igreja, o bispo ganhou notoriedade pelos gastos. Fiéis e organizações não governamentais (ONGs) pediram a demissão dele depois das revelações de que apenas o banheiro de sua casa teria custado 15 mil euros, além de uma mesa para reuniões avaliada em 25 mil. Uma capela privada também foi erguida, no valor de 2,9 milhões, além de uma sala de jantar de 65 metros quadrados.
Numa missão para visitar pobres na Índia, o bispo viajou em primeira classe. Mas foi o fato de ele ter mentido sob juramento numa corte em Hamburgo sobre os gastos que convenceu o papa a afastá-lo. Originalmente, a residência deveria ter custado 5,5 milhões de euros. Mas o valor final foi seis vezes maior. Só o jardim saiu por 783 mil. Ao ser convocado para dar explicações ao papa, no início da semana, o bispo optou por viajar com uma companhia de baixo custo. Mas a medida não convenceu. O bispo ainda explicou que a obra era complexa, por ser um edifício antigo.
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