quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Festival Literário de Natal - RN


Uma feira para as páginas da nossa terra

Publicação: 07 de Novembro de 2013 às 00:00

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Não é porque o Festival Literário de Natal conta com a presença de grandes nomes da literatura nacional que os escritores da terra não têm também o seu espaço. Durante todos os dias da programação funciona a Feira do Livro, com palestras a respeito da realidade editorial do Rio Grande do Norte, lançamentos de volumes inéditos e relançamento de obras antigas  e venda de livros publicados por editoras do estado a preços promocionais. Durante todos os dias ocorrerão mesas redondas, sempre a partir das 16h30 e, a partir das 18h, lançamento de livros. Hoje, o médico, pesquisador e escritor, Iaperi Araújo, lança seu mais recente livro: Angico – 1938, que trata dos últimos dias do bando de Lampião. Haverá uma mesa também, cujo tema será O Cangaço na literatura do RN, com Iaperi Araújo, Reinaldo Azevedo e Abimael. Amanhã, o editor Abimael Silva lança Limites entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte, obra de Nestor Lima. E a mesa redonda, a partir das 16h30 será um bate-papo sobre Como viabilizar a editoração do seu livro, com a participação de Adriano de Sousa, Eduardo Gosson, Carlos Fialho, Márcio Simões, David Leite e ele novamente. E, no último dia, serão feitas homenagens, através do Sarau Sempre Sábado, para José Bezerra Gomes, com a participação de Romildo Soares e Civone Medeiros. Após o Sarau, o professor Fernando Wanderley, vai lançar o livro A importância dos Sebos para a Educação, Cultura e Lazer: Históricos sobre os Sebos de Natal e também, será lançado o título Sátiras de Zé Areia em Quadrinhos, do autor Carlos Alberto, que compilou algumas histórias pitorescas que ouviu do personagem Zé Areia. Ontem, com o início do Flin e da Feira, teve o lançamento do livro Provérbios.com, de Maria L. Oliveira.
Alex RégisA Feira do Livro de Natal funciona dentro do Flin e dá espaço para a compra de livros e troca de ideiasA Feira do Livro de Natal funciona dentro do Flin e dá espaço para a compra de livros e troca de ideias

A Feira opera em um anexo ao lado do palco principal dividido em oito estandes. O espaço é compartilhado por editoras potiguares que fazem parte do evento. São elas: Flor do Sal, Jovens Escribas, Sebo Vermelho, EDUFRN, Sarau das Letras, Sol Negro, Uma, Fundação José Augusto, Nave da Palavra, Z Comunicação, Nação Potiguar, Casa das Musas e GRUPHQ.

Coordenando a Feira está Abimael Silva, sebista e editor do Sebo Vermelho. De acordo com ele, o plano é que o evento – que acontece pela primeira vez este ano – se torne uma parte permanente do calendário cultural da cidade. “Queremos que aconteça todos os anos e que reúna cada vez mais editoras. Uma iniciativa como essa é inédita no Nordeste”,  conta.

Para cativar o público e garantir que a Feira tenha força para acontecer mais vezes no futuro, conta o coordenador, todas as editoras participantes oferecem descontos na venda dos títulos. O Sebo Vermelho, por exemplo, está vendendo seus livros com 30% de desconto para despertar o interesse dos cidadão potiguar comum, que ainda não conhece o grosso da literatura produzida no estado.

Entretanto, essa realidade já está mudando, na opinião de Abimael. Em seu trabalho no Sebo Vermelho ele já detecta um interesse crescente do público pelos autores da terra – até mesmo porque boa parte dos títulos locais são vendidos a preço camarada, o que justifica a esperança do coordenador da Feira de que os descontos oferecidos irão atrair muita gente.
Alex RégisO Flin está acontecendo no bairro da Ribeira até este sábadoO Flin está acontecendo no bairro da Ribeira até este sábado

“Nunca se teve um interesse tão grande na literatura do Rio Grande do Norte. Temos grandes escritores consagrados, com livros que já viraram filme e tudo”, afirma o sebista, referindo-se à adaptação cinematográfica de “As Pelejas de Ojuara”, escrito por Nei Leandro de Castro. E, se o número de leitores está crescendo no estado, o mesmo pode ser dito do número de editoras: “Nunca tivemos tantas editoras no RN como hoje, desde o descobrimento do Brasil. Natal sempre foi a terra dos escritores e poetas; agora, é a terra dos editores também”.

Fonte: Tribuna do Norte.

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