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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pedra Preta

Defesa Civil quer melhor avaliação

 Defesa Civil Estadual está cautelosa quanto ao município de Pedra Preta, distante 149 quilômetros de Natal, decretar estado de emergência ou calamidade pública. O coordenador do órgão, coronel Bombeiro Josenildo Acioli, solicitou à Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc) que envie um engenheiro para auxiliar a Defesa Civil Municipal. A intenção é, antes de qualquer ação mais incisiva, detalhar a situação dos imóveis após a sucessão de tremores de terra naquela região. Apesar do relatório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN) recomendar a interdição de alguns imóveis, a decisão só deve ocorrer após uma avaliação técnica detalhada da situação.

A Sejuc vai submeter o pedido ao Gabinete Civil do Governo do Estado. A disponibilidade desses engenheiros, segundo Acioli, é importante porque permitirá ao prefeito um quadro técnico detalhado sobre quantos são os imóveis e famílias afetadas. Para ele, a avaliação do Crea foi feita por amostragem e não seria suficiente para que o chefe do Executivo daquele município requeira o reconhecimento da situação de emergência ou estado de calamidade.
Joana LimaCoronel Acioli, da Defesa Civil do Estado, defende acompanhamento e estudo aprofundadoCoronel Acioli, da Defesa Civil do Estado, defende acompanhamento e estudo aprofundado

A Defesa Civil Estadual também abriu à equipe do município o acesso aos formulários do Sistema Nacional de Desastres para que sejam cadastradas todas as informações necessárias à medida que vão sendo coletadas. “Se realmente o prefeito entender que é necessário decretar e pedir esse reconhecimento de estado de emergência, ele mesmo pode fazê-lo, porque a Defesa Civil Municipal já tem acesso ao sistema”, afirma o coordenador da Defesa Civil Estadual.

Josenildo Acioli afirma que há uma instrução normativa prevendo que a Defesa Civil Municipal pode subsidiar o gestor quanto à decisão de decretar ou não o estado de emergência, independente do parecer da coordenadoria estadual. A indicação do engenheiro é fundamental porque o município não dispõe de profissional habilitado para atuar e produzir parecer técnico sobre o estado de cada imóvel e ainda sugerir quais intervenções são necessárias.

“O trabalho feito pelo pessoal do Crea foi por amostragem. O detalhamento de cada imóvel, inclusive essa contagem, é que será feito com auxílio desse engenheiro”, conclui Acioli.

Em conversa via telefone celular, na manhã de ontem, o coordenador da Defesa Civil de Pedra Preta, Guilherme Bandeira, vice-prefeito da cidade, afirmou que até amanhã os representantes do Executivo local vão tomar alguma decisão quanto a decretar estado de emergência ou calamidade.

“A Defesa Civil de Pedra Preta está terminando um relatório com informações e fotos;  e estamos vendo se vamos mesmo decretar estado de calamidade ou de emergência”, disse. Ainda de acordo com ele, o Município não tem condições de adquirir os serviços de engenheiros que auxiliem a população na construção de suas casas, como sugere o Crea. Por isso, está tentando junto ao Estado conseguir apoio. Ontem,  o prefeito Luiz Antônio Bandeira esteve em Brasília, tentando ajuda federal.
Tribuna do Norte 

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