Márcio Alexandre confessou que matou o morador de rua por vingança por causa de um atentado que ele teria sofrido por Denílson no dia anterior.
A equipe do 10º Distrito Policial prendeu na noite desta quarta-feira (13) Márcio Alexandre dos Santos Leite (27), vulgo “Bulldog”, acusado de atear fogo no morador de rua identificado como Denílson Gomes da Silva, crime ocorrido no dia 1º de julho desse ano em Natal.
A Polícia Civil obteve informações de que Bulldog estava nas imediações do local do crime, onde costumava usar drogas. A equipe de policiais se deslocou então para o local na noite de ontem (13), por volta das 20h. O acusado ainda correu, mas logo foi detido.
Márcio confessou que matou o morador de rua por vingança por causa de um atentado que ele teria sofrido por Denílson no dia anterior. Segundo Márcio relatou em depoimento à polícia, na ocasião os dois teriam discutido por causa de drogas e Denílson tentou matá-lo com cinco tiros, mas a arma teria falhado. Segundo o acusado os dois se conheciam há 13 anos, chegaram a consumir drogas juntos, mas eram inimigos.
“O que podemos afirmar é que Márcio planejou a morte do morador de rua”, afirmou a delegada Alzira Veiga. Após ter sofrido o atentado, o acusado procurou uma forma de se vingar de Denilson. Ele disse ter encontrado o galão num imóvel abandonado e depois foi comprar a gasolina no posto. Em seguida foi em direção à vítima, que dormia e disse: “Acorda para fumar pedra”. Nesse momento ele jogou o combustível e ateou fogo no mendigo.
A delegada detalhou ainda que Bulldog responde na Justiça por outros dois homicídios, quatro furtos e dois portes ilegais de arma. Um dos assassinatos foi contra outro morador de rua, de nome Wanderley, morto por tiros de espingarda em crime ocorrido em março desse ano, também no bairro de Capim Macio, Zona Sul de Natal. Bulldog também confessou ter matado Wanderley alegando que a motivação seria porque a vítima vinha denunciando-o à polícia.
Márcio ficou detido na noite de ontem por um mandado de prisão por furto e a delegada vai solicitar dois mandados de prisão preventiva pelos referidos homicídios.
Crime
O crime aconteceu no dia 1º de julho de 2013, no momento em que a vítima dormia numa calçada em frente a um restaurante, localizado no bairro de Capim Macio, Zona Sul da capital. Denilson teve o corpo incendiado com gasolina e ficou com 90% do corpo queimado. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Walfredo Gurgel, onde passou por uma cirurgia de emergência e morreu quatro dias depois.
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