Daísa Alves
repórter
Na Operação Forró, dezesseis já dançaram no Jogo do Bicho. Dentre os presos, quatro são policiais militares e um policial civil, investigados por acobertarem a ação criminosa dos envolvidos em organização criminosa voltadas para a prática de exploração do jogo do bicho e de jogos eletrônicos, comumente denominados caça-níqueis. Os demais eram envolvidos na atividade. Pesam contra os investigados a suspeita de prática de contrabando, formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro. Além das prisões dos suspeitos, foi apreendido dinheiro, carros de luxo, e máquinas caça-níquéis.
A Polícia Federal deflagrou a Operação na manhã de ontem na qual foram mobilizados aproximadamente 200 policiais para cumprir 51 mandados de busca e apreensão, 22 prisões temporárias e 15 mandados de condução coercitiva nos Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro. Os mandados de busca e apreensão englobam tanto as residências dos acusados, quanto os estabelecimentos comerciais. As informações foram divulgadas na manhã de ontem durante coletiva de imprensa na Superintendência da Polícia Federal.
A principal organização investigada foi a “Paratodos”, por maior índice de atuação no Rio Grande do Norte, o que também justifica a curiosa denominação da Operação Forró. O nome refere-se à versão de que a origem da palavra forró viria do inglês “For All”, expressão que, traduzida significa “Para Todos”. Segundo Joel Moreira Ciccotti, superintendente em exercício da Polícia Federal, a estruturação atual das organizações se fundiu de tal maneira que está se apresenta como principal atuante no estado. As prisões realizadas hoje se concentraram na região metropolitana de Natal e no interior do estado, mais precisamente na cidade de Assu.
A investigação teve duração de um ano e três meses. Iniciada no Rio Grande do Norte, a Polícia Federal encontrou ramificações das atividades nos estados do Rio de Janeiro e em Pernambuco. Para o estado do sudeste foram emitidos seis mandados; um coercitivo, três de prisão e dois para apreensão. Já em Pernambuco, um para prisão e um coercitivo.
Contra os policiais pesa a suspeita de prestarem serviço de segurança aos estabelecimentos de jogos ilícitos, a “vista grossa” para a atividade ilegal, ou ainda o exercício da segurança clandestina dos locais onde havia a atividade. Há indícios também de receberem propina para estes comportamentos que indicam corrupção.
Com os presos foram encontrados R$ 100 mil em dinheiro, apreendidos 168 máquinas de caça-níquéis, oito armas de fogo e sete veículos de luxo, além de documentos e objetos relacionados às atividades. Sabe-se que a atividade movimentava uma “quantidade considerável de recursos financeiros”, ainda não divulgados. “A operação está fluindo. A medida que tivermos mais informações vamos divulgando”, declara Moreira.
De acordo com o superintendente, a operação foi iniciada por denúncias realizadas à Polícia Federal, averiguadas por investigação inicial ao local de denúncia. “Como havia dificuldade na abordagem colhemos até papéis no lixo que comprovaram a denúncia”, conta. A investigação em campo pôde ser aprofundada por meio de escutas telefônicas durante o monitoramento da rotina da atividade ilegal. O superintendente ressalta ainda a colaboração da Secretaria do Estado de Segurança Pública, que apoiou com policiais do BOPE/PM/RN.
Na manhã de ontem os presos estavam na superintendência da Polícia Federal. No mesmo dia foram levados para exame de corpo de delito. Os policias serão encaminhados para o sistema prisional policial e os demais para o presídio. Não foi divulgada a identificação de nenhum dos presos, na justificativa que a operação ainda está em andamento e poderia dificultar as prisões.
Apesar de não ter sido objeto de investigação, a Operação Forró também coletou informações sobre o caso do duplo homicídio que teve como vítimas o bicheiro Gilberto Tavares da Silva e o soldado da Polícia Militar, Sérgio Henrique dos Santos, executados em agosto de 2012 na área comercial do Alecrim.
repórter
Na Operação Forró, dezesseis já dançaram no Jogo do Bicho. Dentre os presos, quatro são policiais militares e um policial civil, investigados por acobertarem a ação criminosa dos envolvidos em organização criminosa voltadas para a prática de exploração do jogo do bicho e de jogos eletrônicos, comumente denominados caça-níqueis. Os demais eram envolvidos na atividade. Pesam contra os investigados a suspeita de prática de contrabando, formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro. Além das prisões dos suspeitos, foi apreendido dinheiro, carros de luxo, e máquinas caça-níquéis.
A Polícia Federal deflagrou a Operação na manhã de ontem na qual foram mobilizados aproximadamente 200 policiais para cumprir 51 mandados de busca e apreensão, 22 prisões temporárias e 15 mandados de condução coercitiva nos Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro. Os mandados de busca e apreensão englobam tanto as residências dos acusados, quanto os estabelecimentos comerciais. As informações foram divulgadas na manhã de ontem durante coletiva de imprensa na Superintendência da Polícia Federal.
A principal organização investigada foi a “Paratodos”, por maior índice de atuação no Rio Grande do Norte, o que também justifica a curiosa denominação da Operação Forró. O nome refere-se à versão de que a origem da palavra forró viria do inglês “For All”, expressão que, traduzida significa “Para Todos”. Segundo Joel Moreira Ciccotti, superintendente em exercício da Polícia Federal, a estruturação atual das organizações se fundiu de tal maneira que está se apresenta como principal atuante no estado. As prisões realizadas hoje se concentraram na região metropolitana de Natal e no interior do estado, mais precisamente na cidade de Assu.
A investigação teve duração de um ano e três meses. Iniciada no Rio Grande do Norte, a Polícia Federal encontrou ramificações das atividades nos estados do Rio de Janeiro e em Pernambuco. Para o estado do sudeste foram emitidos seis mandados; um coercitivo, três de prisão e dois para apreensão. Já em Pernambuco, um para prisão e um coercitivo.
Contra os policiais pesa a suspeita de prestarem serviço de segurança aos estabelecimentos de jogos ilícitos, a “vista grossa” para a atividade ilegal, ou ainda o exercício da segurança clandestina dos locais onde havia a atividade. Há indícios também de receberem propina para estes comportamentos que indicam corrupção.
Com os presos foram encontrados R$ 100 mil em dinheiro, apreendidos 168 máquinas de caça-níquéis, oito armas de fogo e sete veículos de luxo, além de documentos e objetos relacionados às atividades. Sabe-se que a atividade movimentava uma “quantidade considerável de recursos financeiros”, ainda não divulgados. “A operação está fluindo. A medida que tivermos mais informações vamos divulgando”, declara Moreira.
magnus nascimentoSuperintendente em exercício da Polícia Federal, Joel Moreira Ciccotti (centro) fala sobre a operação no Rio Grande do Norte
De acordo com o superintendente, a operação foi iniciada por denúncias realizadas à Polícia Federal, averiguadas por investigação inicial ao local de denúncia. “Como havia dificuldade na abordagem colhemos até papéis no lixo que comprovaram a denúncia”, conta. A investigação em campo pôde ser aprofundada por meio de escutas telefônicas durante o monitoramento da rotina da atividade ilegal. O superintendente ressalta ainda a colaboração da Secretaria do Estado de Segurança Pública, que apoiou com policiais do BOPE/PM/RN.
Na manhã de ontem os presos estavam na superintendência da Polícia Federal. No mesmo dia foram levados para exame de corpo de delito. Os policias serão encaminhados para o sistema prisional policial e os demais para o presídio. Não foi divulgada a identificação de nenhum dos presos, na justificativa que a operação ainda está em andamento e poderia dificultar as prisões.
Apesar de não ter sido objeto de investigação, a Operação Forró também coletou informações sobre o caso do duplo homicídio que teve como vítimas o bicheiro Gilberto Tavares da Silva e o soldado da Polícia Militar, Sérgio Henrique dos Santos, executados em agosto de 2012 na área comercial do Alecrim.
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