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sábado, 4 de janeiro de 2014

GARÇOM PIVÔ DE CONFUSÃO COM DESEMBARGADOR É AFASTADO DO TRABALHO.



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O garçom que teria sido humilhado por um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte foi afastado do trabalho e passou por consultas com psicólogos após a confusão.
O dono da padaria, Adelino Marinho, disse que a empresa deu total apoio ao garçom e optou por conceder férias ao funcionário após o caso.
Segundo a administração da padaria Mercatto, que fica na zona sul de Natal, o funcionário trabalha na empresa desde a sua fundação e ficou “muito abalado” pelo episódio registrado na manhã do último dia 29.
O desembargador Dilermando Motta está sendo acusado de ter humilhado o garçom, antes de se envolver em discussão com outro cliente da padaria, o empresário Alexandre Azevedo.
Segundo Azevedo, que estava em mesa ao lado de Motta, o desembargador se irritou porque o garçom não colocou gelo em seu copo e gritou com o funcionário na frente dos demais clientes.
“Não satisfeito com esse escândalo, este senhor [Motta] puxou o garçom pelo ombro e exigiu que lhe olhasse nos olhos e o tratasse como excelência, e disse que deveria ‘quebrar o copo em sua cara’”, afirmou Azevedo em nota divulgada após o episódio.
O empresário disse ter decidido intervir em defesa do garçom.   Por Danilo Sá / Colaboração para a Folha em Natal
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 Fotos: Rogério Vital/Deguste
Segundo o empresário Adelino Marinho, proprietário da padaria, o ocorrido aconteceu por volta das 9h30 e durou cerca de 45 minutos. “Não estava no início, mas cheguei a tempo. Fui informado que o garçom levou o copo descartável com gelo e o desembargador teria pedido um copo de vidro, mas o garçom não teria ouvido e ele foi ao encontro do garçom já com insultos”.
Adelino também conta que mesmo com o destempero do magistrado, o funcionário não teve reação nenhuma e chegou a cair no choro.
Foi nesta hora, que houve uma comoção no lugar e um cliente, em especial, chamado Alexandre, não se conteve e interveio na situação. “Este cliente tomou as dores. Ele e o desembargador ficaram muito exaltados. Foram várias ofensas e se não houvesse pessoas para tentarem acalmar os ânimos poderia haver agressão física. O desembargador chamou a polícia e chegaram quatro viaturas para prender o cliente.
O responsável pelo destacamento deu voz de prisão, mas a mobilização dos clientes foi imediata e teve uma senhora que até se abraçou no Alexandre e disse que se ele fosse preso, ela também seria”, contou Marinho.
O empresário ainda explicou que a polícia não efetuou a prisão e o desembargador junto com a polícia foram para o estacionamento aguardar a saída do Alexandre, que ficou dentro da loja. “Os clientes não quiseram ir embora e foram muitos solidários ao Alexandre. No fim das contas a polícia foi embora. Vivemos num mundo globalizado e recebi ligações de fora, até de Porto Alegre, comentando o que aconteceu, que os vídeos já estavam com milhares de visualizações nas redes sociais.

Por Fernanda Souza / Jornal de Hoje
Blog do Daltro Emerenciano

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