roberto stuckertDilma cumprimenta o papa no primeiro encontro pós-Rio
“Vim dizer ao Papa que vamos ter uma Copa com um tema muito importante”, declarou a presidenta. “O tema é: uma Copa pela paz, uma Copa contra o racismo. E, primeiro, obviamente, convidá-lo e, sobretudo, pedir uma mensagem dele sobre esse posicionamento da Copa no Brasil, que é a Copa das Copas. A única coisa que pedi é que a neutralidade fosse mantida por parte do Santo Padre, e assim a mão de Deus não empurrasse a bola de ninguém”, declarou, em tom de brincadeira, em alusão ao gol de mão de Maradona na Copa de 1986, no jogo Argentina e Inglaterra.
Depois da conversa - uma audiência privada do papa no Vaticano -, Dilma destacou a relação de Francisco com o País. “A ida do Papa ao Rio de Janeiro foi um momento muito importante para o Brasil”, disse. “Quem estava lá, sentiu e participou, percebe que foi um momento de grande interlocução de espíritos. Acho que o Brasil mostrou ao Papa o que tem de melhor, que é essa generosidade do povo brasileiro, aquela capacidade de acolhimento.” Segundo Dilma, “o Brasil abraçou o Papa”, embora seja um Estado “absolutamente laico”.
Na audiência, Dilma deu ao papa três presentes: uma camisa da Seleção Brasileira assinada por Pelé; uma bola assinada por Ronaldo Fenômeno (ambas com dedicatórias respectivas dos atletas); e uma coleção de livros sobre a história dos jesuítas no Brasil. O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, deu ao pontífice um quarto presente “contrabandeado”, fora do protocolo, disse Dilma: uma camisa do Palmeiras. Francisco retribuiu a gentileza. “Recebi um terço, uma imagem muito bonita do anjo da paz e uma medalha para minha filha, que ele me entregou assim da forma muito humana que ele tem.”
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