Prática comum entre crianças e adultos durante os dias quentes de verão, o mergulho em piscinas, rios, lagos e cachoeiras pode representar um verdadeiro perigo para a saúde. Isso porque a água, observada superficialmente, estando clara ou não, dificulta a noção de profundidade antes do pulo. Segundo a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), os acidentes causados pelo mergulho em locais rasos são a quarta causa de lesão medular no Brasil, sendo que no verão passa para a segunda posição.
Jovens com idade entre dez e 29 anos são os principais afetados, com fraturas que variam de traumas ligamentares ou musculares de rápida cicatrização a luxações na coluna, quadro em que uma vértebra sai do lugar. “Na maioria dos casos, as lesões provocadas são cervicais, onde podem ocorrer até fraturas”, conta Alexandre Podgaeti, ortopedista, traumatologista e membro titular da SBC.
Graves, os diagnósticos de fratura e luxação podem levar a alterações neurológicas, com impacto na perda da sensibilidade ou, então, na ausência da força muscular em até quatro membros do corpo. “A manipulação do indivíduo lesionado sem o conhecimento ou a imobilização adequada pode levar à piora, por isso a vítima deve ser levada somente até fora da água e aguardar a chegada de ajuda especializada”, alerta o especialista.
No hospital, após avaliação médica, os tratamentos corretivos variam de acordo com a gravidade do trauma. Em casos leves, pode ser recomendado o uso do colar cervical de espuma, enquanto em situações severas há o apontamento para cirurgias, que podem ser realizadas pela frente ou por trás do pescoço e, em ocorrências mais complexas, pelas duas vias.
Evite acidentes “Quando der um mergulho, não o faça de cabeça. Antes, entre na água em pé para se certificar sobre a profundidade”, diz Alexandre. Acompanhe, a seguir, outras quatro maneiras de evitar lesões medulares em águas rasas, de acordo com a SBC.
1 - Não mergulhe em águas turvas. 2 - Não beba antes de mergulhar. 3 - Evite empurrar os amigos para dentro d’água. 4 - Não é recomendado testar os movimentos do acidentado, tentar levantá-lo ou sentá-lo, pois isso pode agravar uma possível lesão medular.
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