quarta-feira, 5 de março de 2014

Polícias pedem atenção no retorno


Dados parciais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam um número de acidentes que, até ontem, já supera a quantidade registrada no carnaval do ano passado. Da última sexta-feira, 28, até ontem (4) foram 46 acidentes com 3 vítimas fatais nas estradas federais. Em 2013, foram 36 acidentes e uma morte. Somando-se o número de mortos nas estradas federais com àquelas ocorridas nas avenidas das cidades potiguares, chega-se a dez mortes no trânsito duraente o período momesco. As atenções agora se voltam para o retorno dos motoristas. 
Rayane Mainara
Lei Seca: 2.100 testes e 46 CNHs apreendidas nas estradas estaduais
Lei Seca: 2.100 testes e 46 CNHs apreendidas nas estradas estaduais

Apesar dos números que apontam leve crescimento no número de acidentes e mortes, as forças policiais que atuaram na fiscalização e segurança dos locais onde se concentraram as festas carnavalescas consideraram o carnaval “tranquilo”. “Até agora não registramos ocorrências de gravidade, o carnaval está sendo tranquilo”, afirmou o coronel Francisco Araújo, comandante geral da Policia Militar do RN relacionando os cinco pólos de fiscalização da PM: Natal, Touros, Macau, Caicó e Apodi.

“Tivemos registros, mas não na área do Carnaval”, disse ele. Em todo o Estado, o Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep-RN) registrou doze homicídios entre o domingo (2) e a manhã de ontem. Nas estradas, segundo Styveson Valentindo, tenente da PM, coordenador da equipe especial de fiscalização da obediência à Lei Seca, a maioria dos motoristas “passou correto”, avaliou o tenente.

Foram 2.100 testes neste sábado (1) e domingo (2), respectivamente, e apenas 20 flagrantes por embriaguez. Tenente Styvenson remete o fato à condução dos carros por mulheres. “Percebemos, muitas vezes, que o homem estava embriagado e a mulher quem conduzia o veículo. De cada 100 fiscalizados, 80 eram mulheres que estavam conduzindo o veículo”, relatou.

Segundo o inspetor Everaldo Moraes, a movimentação “foi tranquila considerando a época do carnaval”. “Até agora consideramos os dados positivos, pelo baixo número de acidentes, mas sabemos que a operação não acabou e pode mudar a qualquer momento”, afirmou o inspetor.

As atenções agora se voltam para o retorno dos motoristas. “Continuamos com os três pilares de atuação. Motocicletas, excesso de velocidade e ultrapassagem. Com o cansaço o risco aumenta. Como sempre advertimos que realizem pausas regulares durante a viagem”, diz o inspetor.

Na operação verão, a equipe exclusiva de fiscalização da Lei Seca do CPRE atuou com um efetivo de 20 homens, equipados com viaturas, van e ônibus, percorrendo as vias principais de circulação e acesso às praias, no período entre às 16h e zero hora.

No sábado, 1, e domingo, 2, foram recolhidas 46 CNH’s e autuados 20 flagrantes por embriagues, após 2.100 testes. Hoje, último dia da ação  motivada pelo Carnaval, efetivo estará no litoral sul, a partir das 16h. Desde janeiro, já foram 950 CNH’s recolhidas com 190 flagrantes de embriagues feitos somente pela equipe da Lei Seca do CPRE.

A maioria das mortes registradas no trânsito não aconteceram em rodovias, mas dentro das cidades e distantes dos locais de festa. Ao todo, neste domingo e segunda-feira, ocorreram 7 mortes, sendo quatro por motocicletas e uma vítima de atropelamento, segundo registros do Instituto Técnico-Científico de Polícia do RN (Itep/RN).


Paredões de som
Os paredões de som se destacaram no quesito de reclamação e apreensão. Somente em Caicó foram 182 chamadas à Polícia Militar e 36 aparelhos apreendidos - do sábado,1, até segunda-feira, 3. O Major Carlos Leão já aponta a cidade como recordista de apreensões em todo o Estado, apesar dos dados ainda parciais.

No corredor entre Natal, Caicó e Mossoró, foram 2 mil chamadas de denúncia. A ocorrência, em geral, foi pela pertubação do sossego alheio por emissão sonora acima do permitido por lei (45 a 55 decibéis). O crime se enquadra no Artigo 42, parágrafo 3 da Lei das Contravenções Penais e a pena pela contravenção pode ser de prisão simples, de 15  dias a 3 meses, ou multa, que pode variar entre R$ 150 e R$ 5 mil.  

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