sexta-feira, 7 de março de 2014

Sinte entra com mandado de segurança contra o corte de ponto efetuado pelo Governo do Estado

A Assessoria Jurídica do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN)
entrou ontem com mandado de segurança contra o corte do ponto dos professores efetuado pelo Governo do
 Estado. O coordenador-geral do Sindicato, Rômulo Arnaud, discorda do número de cortes de ponto 
divulgados pelo Governo.
"O Governo anunciou 749 pontos cortados, mas cremos que este número seja ainda maior. O valor dos cortes 
ficou entre R$ 800 e R$ 1.500. Isso é um absurdo. O Governo se recusa a conversar e quer vencer a categoria
 através de pressão e manobras ilegais, por isso demos entrada no mandado de segurança", disse Rômulo.
O corte de ponto só é permitido pela legislação brasileira, quando a greve é julgada ilegal, o que não é o 
caso da greve dos educadores, pois o salário é verba alimentícia, indispensável à manutenção dos 
direitos humanos declarados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Diante do fato, o corte de 
ponto dos educadores realizado pelo Estado é ilegal.
De acordo com o Sinte, o corte de ponto só não se estendeu a mais professores porque diretores de 
escolas não entregaram ao Governo a lista de educadores que aderiram ao movimento grevista como pedido.
"Muitos dos nossos diretores são ou foram professores, têm toda uma consciência de classe e não entregaram
 a lista com os nomes dos grevistas. Eles puderam fazer isso porque nosso sistema de gestão escolar é 
um sistema democrático, consciente. É por isso que este Governo, que não tem mostrado interesse em
 manter a democracia, tenta a todo custo acabar com esse sistema", disse o coordenador do Sinte.
Além das medidas jurídicas, os profissionais da educação pretendem cumprir agenda de reuniões e 
mobilizações. Hoje, será realizada assembleia com os educadores de Mossoró às 14h30, no Serviço Social
 da Indústria (Sesi). Depois da assembleia, os educadores seguirão em passeata pelo centro da cidade,

 distribuindo panfletos e esclarecendo dúvidas da população acerca da greve que hoje completa 39 dias.
Do Mossoroense

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