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sábado, 17 de maio de 2014

Homem é confundido com estuprador e morre após ser espancado por moradores.

Pedreiro teria sido confundido com estuprador em Campo Grande.
Polícia Civil tenta identificar e localizar suspeitos do crime.

Familiares do pedreiro Hugo Neves Ferreira, de 45 anos, que morreu após ser confundido com um estuprador e espancado por moradores em Campo Grande, tentam entender os motivos da brutalidade. O crime ocorreu no bairro Aero Rancho, região sul da cidade.

“Ele não é estuprador. É um homem trabalhador, tem a família dele, não sei o que aconteceu que o levou a pular o muro”, afirmou a mãe da vítima, a diarista Rosa Corrêa.

Segundo testemunhas, o pedreiro teria sido confundido com um estuprador porque estava nu no meio da rua. A família disse que ele estava bêbado e brigou com a mulher com quem era casado há 14 anos.
                              Mãe durante velório da vítima
                            (Foto: Reprodução/TV Morena)

O pai, o pedreiro Bruno Ferreira, relatou que o filho estava com um pedaço de madeira na rua. “Aí eu falei: o que você está fazendo? Ele falou: 'já dei uns tapas nela'. Eu falei: vai dormir, rapaz. Aí ele voltou para a casa dele”, contou.

Mas o pedreiro não teria voltado para a residência que fica nos fundos do terreno do pai. Hugo Ferreira pulou o muro da casa onde mora a irmã e depois pulou o portão da casa dela. As roupas ficaram penduradas na grade.

Depois de pular a grade, a vítima caminhou por terrenos baldios e algumas ruas do bairro, quando foi abordado por dois homens que começaram a espancá-lo. Uma testemunha tentou ajudar o pedreiro e, mesmo ferido, ele conseguiu voltar para casa.

A esposa de Hugo Ferreira, a dona de casa Denise dos Santos Ferreira, disse que, pouco tempo depois, encontrou o marido ferido e que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado.

“Os policiais entraram lá [casa], viram e falaram: 'meu Deus, o que é isso?' Até os policiais ficaram indignados em ver quanta monstruosidade”, afirmou Denise.

Hugo Ferreira foi levado para a Santa Casa, onde acabou morrendo na tarde de quinta-feira (15). Ele teve ferimentos no rosto, ombro, tórax e nas partes íntimas.

O caso está sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. O delegado responsável pelas investigações, João Reis Belo, disse que ainda não há um retrato falado de um possível estuprador que teria gerado o engano.

“Linha de investigação da Polícia Civil trabalha com hipótese de homicídio doloso, que a vítima teria sido confundida com possível estuprador. A investigação está na rua para identificar e localizar essas pessoas”, informou o delegado.

Quem tiver qualquer informação que possa ajudar a polícia na investigação pode ligar para o telefone (67) 3323-6700. O corpo da vítima foi enterrado no cemitério do Cruzeiro na tarde desta sexta-feira (16).
Do G1 MS

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