quarta-feira, 30 de julho de 2014

Mesmo dominado pela violência, RN ainda tem 2.255 PMs afastados ou cedidos

Número corresponde a 25,05% do total de PMs no Estado, que atualmente é de apenas 9 mil homens
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Não bastasse o número reduzido de policiais militares que atualmente integram o quadro da PM no Rio Grande do Norte – 9 mil no total – que, pelos números crescentes da violência no Estado, se mostram insuficientes para atender toda a população, a PM potiguar ainda tem que enfrentar um outro problema.

Dos 9 mil PMs, 855 estão cedidos para outros órgãos do Governo, como a Assembleia Legislativa, Governadoria e demais órgãos públicos. “Desses 855, cerca de metade estão cedidos para órgãos de segurança, como a Sesed, Ministério Público, Ministério da Justiça, Itep e Força Nacional. São policiais que fazem mais o trabalho interno”, destacou o coronel Francisco Araújo, comandante geral da PM do Estado. “Isso é uma situação que acontece em todos os Estados da Federação. Policiais são cedidos de acordo com o efetivo que existe em cada Estado”, completou.

Outros 700 policiais estão trabalhando no sistema prisional do RN, como nos Centros de Detenção Provisória (CDPs), Presídios, Ceducs (Centros Educacionais) e também na custódia dos detentos. “Os PMs, por exemplo, precisam ficar com os presos quando eles estão em algum atendimento no hospital. Isso não é trabalho de competência da Polícia Militar, porém, como o número de agentes penitenciários é insuficiente para atender todas as necessidades do sistema prisional, os PMs acabam dando um apoio nessas situações”, frisou Araújo. Também existem outros 700 PMs que estão longe do trabalho por licença médica, seja por afastamento completo (quando o quadro não tem mais como ser revertido) ou parcial, quando o policial assume outra função dentro da corporação até que se recupere totalmente. Atualmente, existem 399 policiais na primeira condição e mais 301 homens na segunda.

Portanto, um total de 2.255 policiais militares, ou 25,05% dos 9 mil que hoje compõem o efetivo da PM do Rio Grande do Norte, estão exercendo funções que os impossibilitam de irem para as ruas combater a criminalidade. “Claro que essa quantidade de policiais que está fora das ruas atrapalha bastante o nosso trabalho. Existem policiais de todos os lugares do Estado que estão cedidos para outros órgãos, por exemplo. Se for pegar o nosso efetivo atual, claro que isso faz uma grande diferença, ainda mais quando o Estado vive um momento delicado na segurança. Porém, estamos fazendo de tudo para tentar reverter esse quadro de violência que nós estamos atravessando”, comentou o coronel Francisco Araújo.

O comandante geral da PM reforçou a necessidade de se fazer um concurso público para preencher as vagas restantes da corporação. “Previsto em Lei, nós temos um total que ultrapassa os 13 mil policiais militares. Porém, hoje em dia nós temos 9 mil. O que já representa o déficit de mais de 4 mil homens. Levando em conta os que estão afastados ou cedidos, a situação piora um pouco. Entretanto, sabemos que atualmente o Estado passa por uma situação financeira que impossibilita a realização desse concurso”.

Fonte: JH

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