sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Campanha para beatificação do Padre João Maria será lançada nesta sexta-feira

Processo aberto há 12 anos ganha reforço importante a partir de mobilização de religiosos no RN
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Alessandra Bernardo

alessabsl@gmail.com

O processo de beatificação do padre João Maria, aberto no Vaticano há 12 anos mas iniciado somente em 2014 pela Igreja Católica, vai receber um reforço importante com o lançamento da campanha de divulgação durante as festividades dos Mártires de Cunhaú e Uruaçú, que acontece anualmente em São Gonçalo do Amarante, nesta sexta-feira (03). O religioso, que morreu em 1905 após contrair varíola, doença que tanto combateu no Rio Grande do Norte, será o quarto beato e pode vir a ser o primeiro santo do Estado.

Segundo o responsável pela pesquisa, cônego José Mário de Medeiros, a campanha será importante para que o processo de beatificação seja conhecido em todo o Estado e país, para que pessoas que tenham alcançado um milagre possam contribuir e ajudar no andamento do procedimento. Ele disse que estará presente amanhã durante o lançamento da ação, durante a celebração eucarística presidida pelo arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira da Rocha, a partir das 18h no Monumento dos Mártires. Há ainda o site www.padrejoaomaria.com.br, que está no ar e traz todas as informações sobre religioso.

“É uma ótima oportunidade de divulgação, no entanto, é preciso que as pessoas que tenham sido agraciadas com um milagre pelo padre João Maria comprovem cientificamente, através de documentos, laudos médicos e exames que serão avaliados por uma comissão composta por oito médicos e peritos. Tem que ser uma cura que não tenha explicação pela ciência, como o caso de uma pessoa que sofria de uma doença incurável e tenha tido sua saúde restabelecida através de orações e da devoção ao padre João Maria”, explicou.

O cônego disse que tudo o que for apresentado será ajuntado ao processo de beatificação, o chamado “positio”, que será levado pessoalmente por ele ao Vaticano, onde será avaliada por um membro da igreja católica, para a canonização ou não do padre. A Arquidiocese de Natal trabalha a mais de 12 anos em torno dessa causa, ou seja, desde a abertura do Processo de Beatificação, em 2002.

A autorização da Santa Sé, conhecida pelo nome nada consta foi concedida em 2005, o que significa que, desde então, vem sendo desenvolvida a chamada investigação diocesana, uma pesquisa histórica realizada por membros da Igreja e uma Comissão de Peritos em História. Após a conclusão desta investigação, é preciso ainda a comprovação de um milagre obtido pela intercessão do Padre João Maria, para que possa, então, ser beatificado. A ação tem o apoio do cemitério e crematório Morada da Paz.

Natal tem dois pontos de peregrinação
Hoje, os restos mortais do Padre João Maria estão em um mausoléu instalado na igreja de Nossa Senhora de Lourdes, no bairro de Petrópolis, onde antes era situada a casa do padre, em 1979. O local é ponto de peregrinação de devotos e fiéis, que lotam as missas realizadas todo dia 16 de cada mês, quando é feita a unção dos enfermos.

Outro ponto de peregrinação bastante conhecido em Natal é o busto do padre, localizado na praça que leva seu nome, próximo à antiga catedral, na Cidade Alta. Lá, as pessoas fazem promessas, acendem velas e deixam ex-votos em agradecimento a alguma graça alcançada. A aposentada Maria Doralice dos Santos, devota do padre João Maria, relatou vários milagres alcançados, desde cura de doenças até emprego conquistado após promessas.

Fonte: JH

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