segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Durante entrevista coletiva, o governador eleito prometeu fazer um governo “humanista e técnico”, focado 50% para políticas sociais.


Quase duas horas após o fechamento das urnas nesse domingo (26), o Tribunal Regional Eleitoral oficializou Robinson Faria (PSD) como governador eleito do Rio Grande do Norte. Ele teve 54,32% dos votos válidos. O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) ficou com 45,58% dos votos. Durante entrevista coletiva, o governador eleito agradeceu o apoio da família e prometeu fazer um governo “humanista e técnico”, focado 50% para políticas sociais. 
Joana LimaRobinson Faria afirma que, nesta semana, começará as articulações para a transiçãoRobinson Faria afirma que, nesta semana, começará as articulações para a transição

Robinson Faria prometeu iniciar a montagem de uma equipe de transição ainda nesta semana. O processo, segundo ele, será “amigável”. Robinson disse que o PT deverá integrar a equipe.

“Era um sonho quase impossível”, disse Robinson sobre a vitória, durante a entrevista coletiva. O eleito atribui a vitória ao aumento do tempo de campanha, no segundo turno, que permitiu disseminar a coligação formada pelo interior do Rio Grande do Norte. Somente em Mossoró, segundo maior colégio eleitoral do Estado, a coligação “Liderados Pelo Povo” conseguiu 72% dos votos neste segundo turno. Na entrevista coletiva que concedeu ontem à noite, esteve presente o prefeito do município, Francisco Júnior, a quem o governador eleito agradeceu.

O governador eleito enfrentará alguns desafios no primeiro ano de governo, como o inchaço da folha de pagamento do Estado em detrimento do limitado crescimento do orçamento de 2015, estimado em 1,5% a mais se comparado ao deste ano. 

Sobre as dificuldades dos recursos, o governador eleito disse que é possível mudar a perspectiva, desde que exista gestão. “Nós vamos planejar. O que acontece hoje é a falta de gestão e radicalidade na política tributária do RN. Estamos perdendo fábricas para Paraíba e Pernambuco, eu vou unificar a política tributária. O governador não é o dono da verdade, mas ele pode fazer uma pactuação com a sociedade civil organizada”, destacou.

O governador eleito não determinou em quais áreas priorizará o investimento no próximo ano, mas afirmou que um dos focos será a segurança pública. “O primeiro pontapé do nosso governo vai ser acabar com essa mania de dizer que é preciso tempo para arrumar a casa. Nós vamos começar trabalhando, e um dos focos será a segurança, que mais atinge os potiguares”, acrescentou. 

No discurso, Robinson Faria ainda agradeceu ao apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), local e nacionalmente. De acordo com Robinson, a senadora eleita Fátima Bezerra foi a sua “madrinha”. Para o governador eleito, a principal característica da coligação Liderados pelo Povo foi o discurso “inovador”.

“Eu tenho em mim a essência da inovação. Este será um governo ousado, de diálogo e transparência. Salvaremos o Estado da situação atual por meio de um pacto com a sociedade civil e um governo de planejamento”, finalizou.

Desafios
O governador eleito agradeceu a votação da chapa e afirmou que todas as dificuldades encontradas pelo novo governo serão “a curto prazo”. 

“Faremos um controle forte das finanças, um diálogo com os poderes e manteremos a vontade de trabalhar”, resumiu o governador eleito. A coligação Liderados pelo Povo também conseguiu eleger, no primeiro turno, a senadora Fátima Bezerra.

No início deste domingo, o candidato já se dizia “bastante seguro” da vitória quando foi votar, na Escola Doméstica de Natal, por volta das 10h30. Durante o dia, visitou ainda cidades do Agreste e da Região Metropolitana, mas aguardou o resultado do pleito em casa.

Ao fazer o pronunciamento após o Tribunal Regional Eleitoral divulgar o resultado das urnas, Robinson Faria disse que não deverá ter dificuldades na Assembleia Legislativa, apesar da coligação que o apoia não ter elegido a maioria dos deputados estaduais. 

O governador eleito afirmou que os deputados estaduais “são conciliadores e ajudarão a melhorar o Rio Grande do Norte”.
Tribuna do Norte

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