quarta-feira, 29 de outubro de 2014

'Pedra no rim' é mal que pode causar uma das piores dores humanas

Cálculo renal assusta os pacientes por provocar dor forte, comparável à do parto e à gerada por enfermidades como câncer e infarto

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Consumo de carne vermelha deve ser reduzido para evitar mal.
Popularmente conhecido por “pedra no rim”, o cálculo renal assusta os pacientes por provocar uma das dores mais fortes que podemos enfrentar e comparável à do parto e à gerada por doenças como câncer e infarto, de acordo com a literatura médica. Trata-se de uma massa ou agregado cristalino sólido que se forma nos rins a partir de sais minerais presentes na urina.

“É uma doença mais frequente em locais e épocas secas e quentes e mais comum entre os homens”, explica o urologista Raphael Moreira, que ressalta também que quase 50% dos pacientes pode apresentar cálculos novamente depois que o problema é solucionado.

A doença pode surgir por conta de fatores como causas genéticas, infecções urinárias, baixa ingestão de água, uso de medicamentos em excesso (como vitamina C e D, Indinavir, suplementos de cálcio), anormalidades no trato urinário e ingestão elevada de proteínas e sal.

“Mesmo os homens sendo mais propensos, o número de casos de cálculo renal entre as mulheres vem aumentando expressivamente nos últimos 30 anos. Esta mudança pode ser explicada pelos crescentes casos de sobrepeso e obesidade feminina neste mesmo período”, afirma o especialista.

A doença dá sinais de sua chegada por meio de sintomas como dor intensa nos flancos e região lombar (lateral posterior), dificuldade de urinar, enjoo, vômito, calafrios, febre e sangue na urina. O diagnóstico pode ser feito por meio de exames como raio X, ultrassom e tomografia computadorizada helicoidal, que é a melhor opção.

As dores podem vir acompanhadas de tremedeira, fraqueza, irritabilidade, náuseas e vômitos. Elas se iniciam de forma aguda nas costas (região lombar) e passam a irradiar para a parte anterior do abdômen. O médico explica que, muitas vezes, o paciente com cálculo renal continua urinando normalmente, pois a obstrução pode ser parcial e outro rim segue com sua produção normal de urina.
Tratamento Existem diferentes opções de tratamento para a doença:

Em casos de cálculos pequenos e em trânsito, existem medicações que ajudam na eliminação espontânea. No entanto, elas podem ser utilizadas somente em pacientes com dor controlada e livres de infecção.
Litotripsia extracorpórea - emissão de ondas de choque que fragmenta o cálculo nos rins em pedaços menores para que sejam eliminados espontaneamente. Com taxa de sucesso variável, é indicada para crianças e pessoas com cálculos menores de 2cm e na ausência de infecção. Não pode ser aplicada em gestantes, pacientes com distúrbios de coagulação ou sinais de infecção.
Litotripsia Intracorporea - procedimento cirúrgico em que, pela via urinária com o auxilio de aparelhos especiais, chega-se até o calculo para fragmentá-lo com laser. Apresenta altas taxas de resolução e baixo índice de complicações. Por meio dele podem ser retirados cálculos de qualquer segmento da via urinária (uretra , bexiga, ureteres e rins).
Cirurgia Percutânea - geralmente usada para cálculos coraliformes, que são aqueles que preenchem boa parte do interior do rim. Por meio de um pequeno furo nas costas, medindo em torno de 1cm, cria-se um acesso até o interior do rim para a fragmentação da pedra.
Cirurgia Aberta – procedimento pouco realizado nos dias de hoje.

O especialista alerta sobre a importância de se prevenir, com simples hábitos diários e acompanhamento médico, uma doença que gera uma dor tão forte. “É fundamental ingerir muita água, para obter um volume urinário maior que 2 litros por dia. Além disso, deve-se manter uma alimentação saudável, diminuindo o consumo de carne vermelha e sal e priorizando frutas e legumes”.

O especialista ressalta ainda a importância do tratamento em casos de infecção urinária e do acompanhamento ativo com um urologista para pacientes formadores crônicos de cálculos.
Fonte: Jornal O Tempo

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