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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Professores temporários estão sem receber salários

Professores temporários da rede Estadual, convocados este ano, estão sem receber salários há meses. A Secretaria Estadual de Educação afirma que o atraso é causado pela demora na tramitação dos documentos dos profissionais, que precisam chegar à Secretaria de Estado da Administração.

O professor Nazareno Pinto Filho (61) ensina matemática, química e física numa escola Estadual de Macaíba e está há seis meses sem receber o pagamento. De acordo com ele, vários professores estão na mesma situação. “Alguns colegas também não recebem há muito tempo, com esse fim de governo, precisamos saber como ficará a nossa situação”, explica. O débito do Estado com o professor chega a R$ 10 mil. 

Jair Francisco de Assis (49) ensina geografia na mesma escola que Nazareno há 3 meses, e ainda não recebeu salário. “Se os que entraram antes de mim ainda não receberam, para quando devo esperar meu pagamento?”, pergunta. Ele também se mostra preocupado com a falta de profissionais nas escolas públicas. “Tem escola desde fevereiro sem professores de matérias básicas, como português e matemática. Esses alunos não estão sendo preparados para o ENEM”, explica Assis.

O processo seletivo pelo qual os professores passaram classificou para cadastro reserva cerca de 10 mil profissionais no final do primeiro semestre. Destes, mil já foram convocados. Os professores temporários assinam contrato de um ano, que pode ser prorrogado por mais um, dependendo do motivo que afastou o profissional efetivo.

A SEEC, por meio da assessoria de imprensa, informou que os pagamentos dos salários são feitos à medida que a documentação dos professores chega à Administração, fazendo com que alguns recebam antes dos outros. Afirma também ser impossível estabelecer datas limite para os pagamentos. Cada caso seria diferente.

Quanto ao déficit de professores, a Secretaria informou que apesar de ter contratado cerca de 4 mil professores nos últimos 3 anos, ainda estão faltando 280 profissionais para suprir satisfatoriamente a demanda das 640 escolas do Estado, e que não haverá mais convocações este ano.

Parte dos profissionais que estão faltando nas escolas, foi cedido pelo Governo a outras Secretarias. A “devolução” desses professores depende do gabinete Civil do Governo, que afirmou estar trabalhando para “que em breve os professores sejam encaminhados para as salas de aula, atendendo às necessidades da população”, informou a SEEC.
Tribuna do Norte

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