A maior parte das mortes por raios no Brasil — o país com maior incidência do planeta —ocorrem no verão. A estação do ano concentra 43% das vítimas. Oito dias após o início da temporada, quatro pessoas morreram em Praia Grande, no litoral de São Paulo, e quatro ficaram feridas, em decorrência de descargas elétricas. A unidade da Federação tem a maior concentração de óbitos pela causa. As praias, no entanto, são os locais de menor incidência — apenas 5% dos casos acontecem à beira-mar. Entre 2000 e 2013, os raios mataram 1.672 pessoas no país. As vítimas da última segunda-feira foram veladas e enterradas ontem. Um dos feridos permanecia internado até o fechamento desta matéria.
Os dados são do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Da série analisada, o ano de 2001 registrou o maior número de vítimas: 193. Já em 2011, foram 82 mortes, sendo o ano com menos fatalidades. No mesmo período, 269 pessoas morreram em São Paulo. Levantamento feito pelo Inpe mostra que, durante a tempestade que atingiu a capital paulista de domingo para segunda, 359 raios foram registrados.O meteorologista-chefe do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Cavalcanti, afirma que a densidade de raios registrados no país é a maior do mundo. “São mais de 55 milhões de descargas elétricas em um ano. É um número imenso”, disse.
Fonte: Robson Pires
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