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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Raimundo Fagner está de volta a Natal para show ao ar livre

A segunda temporada de grandes shows nacionais do Natal em Natal promete atingir públicos de variadas gerações – e também credos. Sexta-feira, os Paralamas do Sucesso vão tocar na capital (potiguar) novamente para contar a história de seus 30 anos de carreira, às 22h, na Arena das Dunas. Na zona norte, sai o rock/pop e entra o gospel da banda Diante do Trono, no ginásio Nélio Dias, às 22h; a cantora e pastora Ana Paula Valadão quer mostrar que sua voz atinge vários segmentos de cristãos. E no sábado, a zona norte volta a se agitar com Raimundo Fagner, um dos mestres da canção popular brasileira, vai mostrar seu romantismo entre clássicos e novidades. Tudo de graça. 

Raimundo Fagner tem, oficialmente, 43 anos de carreira, contando a partir do lançamento de seu primeiro disco compacto, em 1971. Desde então iniciou uma das trajetórias mais apreciadas da MPB, por onde circulou por diversas sonoridades. Foi do experimentalismo regionalista até a canção romântica para tocar em novela. O show que ele fará neste sábado, em Natal, a partir das 22h, é um apanhado geral de sua carreira, com uma pitada de novidade. O cantor e compositor cearense lançou em 2014 um novo álbum, “Pássaros urbanos”. A veia romântica foi mantida.
DivulgaçãoCom disco novo na bagagem, onde reforça sua ligação com outros compositores , Raimundo Fagner está de volta a Natal para show ao ar livre, no ginário Nélio Dias, dentro da programação do Natal em NatalCom disco novo na bagagem, onde reforça sua ligação com outros compositores , Raimundo Fagner está de volta a Natal para show ao ar livre, no ginário Nélio Dias, dentro da programação do Natal em Natal

Em entrevista ao FIM DE SEMANA, Fagner ressaltou que boa parte do show de sábado será dedicado aos maiores sucessos de sua carreira. “Será um grande apanhado dessas últimas quatro décadas de minha música, um show para grandes multidões tem que ser assim”, disse. Portanto, aguarde pérolas como “Borbulhas de amor”, “Espumas ao vento”, “Deslizes”, “Canteiros”, “Tanto faz”, “Oração de São Francisco”, “Guerreiro menino”, “Ai que saudade d’ocê”, “Retrovisor”, “Súplica cearense”, “Noturno (coração alado)”, entre outras. Neste bate-papo, Fagner fala um pouco mais sobre sua música e a antiga relação afetiva com Natal e o novo disco “Pássaros Urbanos”: 

O que você vai apresentar em Natal no show de sábado? 

Será um grande apanhado dessas últimas quatro décadas de minha música, um show para grandes multidões tem que ser assim. Vou tocar umas três músicas do meu disco novo, “Pássaros urbanos”, incluindo a primeira música de trabalho, “Tanto faz”. Eu toco os clássicos com timbres diferenciados, para renová-los. Considero que 2014 foi um ano muito produtivo pra mim, e eu quero passar isso no show. Sem falar que é sempre uma motivação a mais tocar em Natal, com a qual tenho uma relação afetiva muito grande, como todos sabem. Faço show feliz por aí. 
Fale um pouco sobre “Pássaros urbanos”, que foi lançado neste ano. 
A ideia por trás do disco foi retomar o lance das parcerias, algo forte na minha carreira. Reuni alguns dos grandes parceiros/amigos para celebrar meus 40 anos de música, como Fausto Nilo, Zeca Baleiro, Clodo Ferreira, Michael Sullivan e Carlos Barroso. No disco também regravo “Paralelas”, que é uma homenagem explícita ao meu amigo Belchior. O disco promove um reencontro, não com todos os parceiros, mas com alguns dos mais significativos. 

O elemento romântico ainda é muito forte na sua música? 
Sim, ainda é, principalmente nesse disco. Considero que o romantismo é algo fundamental na música brasileira. Pessoalmente, acho que esse não é um elemento mais tão presente na música atual do país. Ainda tem, mas é algo muito ‘en passant’, que não marca. E as pessoas me cobravam algo assim, afinal, eu já estava há cinco anos sem gravar. 

Você acompanha a cena musical atual? Destaca algo? 
Na música nordestina, acho que o forró ainda comanda. Claro, tem aquele que a garotada mais gosta, super produzido, e tem o de raiz. Está tudo muito misturado, e há espaço pra todo mundo. Numa visão mais nacional, acho que as mulheres estão com tudo. Temos cantoras novas ótimas. Uma que tenho ouvido muito é a Tulipa Ruiz. Acho que ela ainda será muito grande. 

E da parceria com Zé Ramalho, você vai colocar algo no show de sábado? 
Esse DVD é uma retrospectiva musical e histórica de dois músicos que são amigos e têm uma carreira em comum. Já gravamos músicas um do outro, participamos em discos variados. Eu vou tocar só as minhas músicas, as do Zé ficam só no DVD mesmo.
Tribuna do Norte

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