Rio de Janeiro (AE) - Cerca de 40 pessoas, segundo o Corpo de Bombeiros, ficaram feridas quando dois trens da SuperVia (concessionária de trens suburbanos da Região Metropolitana do Rio) colidiram, ontem à noite, nas imediações da estação Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense Conforme os bombeiros, a maioria das vítimas teve ferimentos superficiais.
Douglas Viana

Vagões ficaram seriamente danificados, mas não houve vitimas fatais entre as 40 pessoas que foram atendidas nos hospitais após o acidente
Os trens estavam no ramal que vai da Central do Brasil, no centro do Rio, até Japeri, município da Região Metropolitana. Uma das composições estava parada na estação quando foi atingida pela outra. Os feridos foram encaminhados ao Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense.

Segundo a SuperVia, o Corpo de Bombeiros e o Grupamento de Polícia Ferroviária foram imediatamente acionados para prestar o atendimento necessário. “Técnicos da SuperVia estão no local para apurar as causas do incidente e dar a assistência necessária aos passageiros”, informou, em nota, a empresa. Devido a esse acidente, a circulação no ramal Japeri encontra-se suspensa.
Segundo o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, a expectativa era de reativar o ramal ainda na noite de ontem. “A informação preliminar que recebi é que o trem que se chocou era reformado, não era novo, mas não estava na eminência de ser substituído. As novas composições já estão contratadas para serem substituídas até o final do ano. Era uma operação normal de embarque e desembarque de passageiros. A causa foi o trem que se chocou, mas vamos aguardar o detalhamento das investigações”, disse.
O secretário disse que o maquinista pode ser testemunha importante do acidente. “A informação que recebemos é que o maquinista não sofreu ferimentos e ele será ouvido por investigadores. Temos ele como testemunha, que é o próprio maquinista. Não temos previsão, mas vamos trabalhar para que esse ramal seja liberado ainda essa noite”, afirmou Carlos Roberto Osório.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) abriu um boletim de ocorrência para apurar as causas do acidente. A agência informou que técnicos foram para o local para começar a investigação e para avaliar a qualidade do atendimento aos feridos e aos usuários do sistema pela concessionária Supervia. Os procedimentos adotados pela concessionária para o restabelecimento da operação no ramal também serão avaliados, informou a Agetransp.
Ana Cláudia Pereira da Silva de Oliveira, de 53 anos, que trabalha no Engenho de Dentro, no Subúrbio, estava ano meio do vagão feminino quando, segundo disse, já chegando à estação de Juscelino, houve um estrondo muito forte e uma colisão violenta, que chegou a amassar as barras de ferro em que os passageiros se seguravam.
A luz se apagou e ela disse que houve muito pânico, gritos e correria. Muita gente perdeu bolsas e celulares, segundo disse, e, quando conseguiu ser retirada do vagão por pessoas que estavam do lado de fora do trem ajudando os passageiros, pôde ver que muitos passageiros estavam machucados com cortes na cabeças, nas costas, e nos pés.
“Eu tive sorte, mas também estou machucada. Bati a cabeça e as costas e estou com muita dor. Estou indo para a UPA para examinarem”, contou ela, por volta das 21h30, num ponto de ônibus, à espera da condução para ir à clínica.
Ana Cláudia disse que o trem estava muito cheio e que deveriam ser 20h30 quando o trem bateu em outra composição.

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