Dos 35 deputados federais que assinaram o pedido de afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara, 20 têm, assim como o peemedebista, pendências com a Justiça por diversos motivos. Cunha foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por lavagem de dinheiro e corrupção no esquema investigado pela Lava Jato. A razão apresentada por esses parlamentares é que a denúncia torna “insustentável” a permanência de Cunha no comando da Casa.
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O envolvimento de parlamentares com ações na Justiça não é exclusividade deste grupo ou do presidente da Casa. Um levantamento do projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil, mostra que 273 dos 513 deputados federais (53%) e 44 dos 81 senadores (54%) respondem a processos ou são alvos de inquéritos em tribunais por todo o país. O levantamento não inclui processos de natureza privada, como o de pagamento de pensão alimentícia, por exemplo.
É esse rol de parlamentares que poderá ter a função de julgar as contas da presidente Dilma Rousseff (PT) e, eventualmente, um processo de cassação do mandato da petista.
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