A menina estava na casa com dois irmãos, de 3 e 4 anos, quando o fogo começou; mãe das crianças está grávida de 9 meses.

Uma menina de apenas 2 anos morreu carbonizada em incêndio em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira (19). Ela estava em casa junto com outros dois irmãos, que ficarão feridos no acidente. Ainda não há informações sobre o que deu início às chamas.
A morte da criança foi confirmada às 16h pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com o tenente Phillipe Matos, quando a corporação chegou à rua Canadá, no bairro Água Limpa, o incêndio já havia sido parcialmente controlado por vizinhos. O corpo da criança de 2 anos também já estava do lado de fora da casa.

Além da garotinha, outras duas crianças, de 3 e 4 anos, inalaram muita fumaça e foram levadas ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, acompanhadas dos pais.
A mãe das vítimas está grávida de 9 meses e havia saído para fazer uma caminhada, por orientação médica. A avó paterna das crianças contou que a nora é muito apegada aos filhos e que acredita que eles estavam dormindo no momento do incidente. Segundo ela, o casal está junto há 7 anos e tem mais um filho, de 7 anos, que estava na escola.

O fogo destruiu completamente a sala, um quarto e a área externa da casa, que ficou com a estrutura comprometida. A Defesa Civil interditou o local porque há risco de desabamento. A perícia da Polícia Civil também está no local. O corpo já foi encaminhado ao Instituto Médico Legal.
De acordo com o tenente Matos, até o momento foram levantadas três hipóteses para identificar as causas do incêndio: curto-circuito causado por instalações clandestinas, fogo em terreno próximo à residência ou que as crianças estivessem brincando com materiais inflamáveis.
"De todos os lugares que a gente pôde tirar água, a gente tirou"
O pedreiro Gilberto Magalhães, de 43 anos, chegava do trabalho quando viu a movimentação dos vizinhos para acabar com o incêndio. Ela conta que a porta da frente estava trancada e que foi preciso arrombá-la para resgatar as vítimas.
Já no primeiro cômodo, ele e os vizinhos encontraram os dois meninos, de 3 e 4 anos, que estavam desorientados e gritavam muito dizendo que a irmã mais nova havia morrido. A intensidade das chamas impediram que a menina pudesse ser resgatada. “O fogo estava muito alto", lamentou Magalhães.
Os vizinhos fizeram um mutirão para controlar o incêndio até a chegada dos bombeiros. "De todos os lugares que a gente pôde tirar água, a gente tirou", disse.
A cozinheira Emília de Souza Oliveira, de 40 anos, contou que a mãe das crianças era muito apegada à filha de 2 anos, única menina da família e apelidada carinhosamente de Neca. Ela confirmou a versão da avó das crianças e disse que a mãe da bebê tinha saído para fazer caminhada.
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