domingo, 6 de setembro de 2015

Rio Grande do Norte fecha 50 vagas de emprego por dia em 2015

A cada 30 minutos, uma vaga de emprego é fechada no Estado

Sara Vasconcelos
Repórter

A cada 30 minutos - intervalo talvez mais curto do que o percurso de casa para o trabalho – uma vaga de emprego formal foi fechada no Rio Grande do Norte, de janeiro a julho deste ano. Uma média de 50 postos de trabalho de carteira assinada eliminados, por dia, que somam um saldo negativo de 10.711 vagas a menos somente nos sete primeiros meses do ano. Os dados são do Caged sobre a evolução do emprego e mostram o pior cenário dos últimos 15 anos - puxado pela recessão econômica. Só para ter ideia, ano passado, a evolução era de crescimento com 10 vagas criadas ao dia.

Por trás das estatísticas estão João Marias, Danielas, Jussaras e Lilianes. Vidas impactadas pelo desemprego, que seguem buscando recolocação no mercado de trabalho ou trilhar novos caminhos. A vendedora Liliane Tayonara Costa de Sena, de 18 anos, contratada como aprendiz no programa Primeiro Emprego, não esperava que em vez da sonhada renovação de contrato, um ano depois, a carteira de trabalho ganhasse o carimbo de demissão.
Ana Silva
No país, as demissões podem chegar a 1 milhão de postos de trabalhos fechados até o final do ano
“Está difícil conseguir emprego, muitos amigos demitidos, muita gente que conheço desempregada. Ainda não comecei a enviar currículo, vou estudar para concurso”, diz a jovem, enquanto espera para homologar a rescisão.

Liliane é uma das 14.973 pessoas demitidas em julho no Estado. O mês apresentou um dos piores saldos (diferença entre o número de contratações e demissões) do mercado de trabalho potiguar com 1.246 empregos formais a menos. Uma queda de 0,28% em relação ao número de postos com carteira de trabalho assinada do mês anterior.

O comércio é um dos setores com o maior fechamento de vagas -377 postos de trabalho no RN, atrás somente da Construção Civil (-811 postos), dos Serviços (-610 postos) e do Comércio (-377 postos) que registraram as maiores perdas de vagas.

Fonte: Tribuna do Norte

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