segunda-feira, 30 de novembro de 2015

'Bom para a sociedade', diz delegado após prisão de marido de fisiculturista

Frank Albuquerque investigou crime cometido em Natal no ano de 2012.
Quase três anos após morte, Alexandre Furtado Paes foi preso em Ibiúna.

Fabiana Caggiano era campeã de fisiculturismo (Foto: Reprodução/Facebook)


Fabiana Caggiano era campeã de fisiculturismo (Foto: Reprodução/Facebook)

"É bom para a sociedade que pessoas como ele não fiquem impunes. Espero que a justiça seja feita". Foi o que disse o delegado Frank Albuquerque ao saber da prisão de Alexandre Furtado Paes, de 41 anos, acusado de matar a própria mulher, a fisiculturista Fabiana Canaggio, de 36 anos, em Natal. O delegado foi o responsável pelo inquérito especial que investigou o crime em 2013.

O acusado foi preso nesta segunda-feira (30) por policiais do Deic (Departamento Estadual de investigações Criminais) em Ibiúna, na Grande São Paulo. A atleta morreu dia 2 de janeiro de 2013 após ficar cinco dias internada em um hospital particular. Ela foi estrangulada pelo marido, de acordo com as investigações. Alexandre é acusado por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de a vítima se defender) e também responde ao agravante de ter modificado a cena do crime.

O delegado lembra que interrogou o acusado em duas oportunidades. Em ambas, Alexandre Furtado negou o crime. "Na primeira ele estava no Itep (Instituto Técnico e Científico de Polícia do Rio Grande do Norte) tentando liberar o corpo o mais rápido possível para cremar em João Pessoa. Ele falava em um ataque cardíaco, mas o corpo tinha sinais de espancamento. Não permitimos a liberação", explica Albuquerque.

O acusado negou o crime e voltaria a ser ouvido no hotel onde estava hospedado. Depois que voltou para São Paulo, Alexandre Furtado não foi mais visto. De acordo com o delegado, a prisão foi prejudicada pelo vazamento do pedido de prisão solicitado à Justiça potiguar. "Ficou sabendo e fugiu", ressalta.

Réu

O empresário Alexandre Furtado Paes, que possui uma academia de musculação na cidade de Osasco, em São Paulo, tornou-se réu no processo no início de março de 2013, quando o juiz Ricardo Procópio, titular da 3ª Vara Criminal de Natal, acatou denúncia do Ministério Público. O viúvo teve a prisão temporária decretada em 25 de janeiro de 2013, e desde então era considerado foragido.

Relembre o caso

Segundo o próprio empresário Alexandre Paes, na manhã de 28 de dezembro do ano passado, a mulher estava tomando banho quando ela teria sofrido uma queda repentina em um hotel na Zona Leste de Natal.

O Samu foi acionado e já encontrou a paulista desacordada. No dia 2 de janeiro, no entanto, a fisiculturista morreu na UTI de um hospital particular de Natal. Familiares disseram que ela, enquanto esteve internada, permaneceu o tempo todo em coma induzido.
Marcas de asfixia no pescoço de Fabiana Caggiano
(Foto: Reprodução//Inter TV Cabugi)

Em razão da suposta queda, o corpo de Fabiana foi removido para necropsia no Instituto Técnico-Científico de Polícia do RN. Laudos preliminares revelaram que a vítima havia sofrido asfixia mecânica, com características de estrangulamento.

No dia 23 de janeiro, após a conclusão dos laudos realizados pelo Itep, o delegado Frank Albuquerque confirmou que a fisiculturista fora assassinada. “As suspeitas foram confirmadas. Exames toxicológicos deram negativos. No entanto, os laudos complementares realmente apontam que Fabiana foi vítima de asfixia mecânica (estrangulamento)”, afirmou .
Do G1 RN

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