domingo, 22 de novembro de 2015

Presas apontadas como líderes de motins em Natal são transferidas

Sete detentas do Complexo Penal João Chaves foram para outro presídio.
Na quinta (19) e neste sábado (21) presas causaram alvoroço na unidade.
Presas apontadas como líderes dos motins foram transferidas; neste sábado (21), detentas arrancaram barras de ferro das paredes dos banheiros da ala feminina do Complexo Penal João Chaves (Foto: G1/RN)

Sete presas – apontadas como líderes dos motins que ocorreram na noite da quinta-feira (19) e tarde deste sábado (21) na ala feminina do Complexo Penal João Chaves, unidade que fica na Zona Norte de Natal– foram transferidas para o Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim. Os nomes não foram divulgados.

Segundo a direção do Complexo Penal João Chaves, a ala feminina tinha 127 mulheres. Na quinta, algumas delas incendiaram colchões. Neste sábado, barras de ferro foram arrancadas das paredes dos banheiros. A situação foi controlada após uma intervenção dos Grupo de Operações Especiais (GOE) e agentes de plantão da própria unidade.

Ainda não se sabe o que motivou a inquietação das presas. A Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape) promete apurar o caso. Uma sindicância será aberta.
Em Alcaçuz, várias grades e portões foram arrancados das paredes; um dos pavilhões ficou completamente destruído (Foto: G1/RN)

Além da ala feminina do CPJC, outras três unidades prisionais do estado foram depredadas durante rebeliões ocorridas neste mês.

Nos dias 7 e 8, detentos do Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, que também fica na Zona Norte de Natal, e da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, que fica em Nísia Floresta, município da região Metropolitana da capital, atearam fogo em colchões, queimaram lençóis, derrubaram paredes, arrancaram grades e destruíram várias celas. Em Alcaçuz, além do quebra-quebra em um dos pavilhões, os internos jogaram pedras contra o Batalhão de Choque da PM, que teve que recuar e deixar a penitenciária. Diretores das duas unidades ainda não sabem precisar o prejuízo causado com a depredação das instalações (veja vídeo acima).
Já no dia 11, foi a vez dos presos do CDP de Santa Cruz, na região Agreste do estado, realizarem um quebra-quebra. Lá, além de colchões queimados, grades arrancadas, paredes arrombadas e celas destruídas, até o forro de gesso do teto foi derrubado (veja vídeo acima).
Penitenciária de Alcaçuz foi uma das
mais danificadas durante as rebeliões de março
(Foto: Divulgação/Sejuc-RN)

Calamidade pública
O sistema penitenciário potiguar está em calamidade pública desde o dia 17 de março após uma onda de rebeliões que atingiu pelo menos 14 das 33 unidades prisionais do estado. O decreto, renovado em setembro, tem validade até março de 2016.

De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), já foram gastos mais de R$ 5,6 milhões nas reformas das unidades depredadas. A secretaria reconhece que o sistema penitenciário do RN é ultrapassado e precisa de uma modernização com mais eficiência e tecnologia nos processos.
Do G1 RN

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