O Rio Grande do Norte perdeu 435 empregos com carteira assinada em novembro deste ano, o pior resultado para o mês desde 2004 - quando os cortes atingiram 1.459 trabalhadores. A construção civil, o setor de serviços e a indústria de transformação foram as atividades que mais demitiram, no período.
Emanuel Amaral
A construção civil foi o setor que mais demitiu em novembro, no Rio Grande do Norte: Crise
A construção civil foi o setor que mais demitiu em novembro, no Rio Grande do Norte: Crise
Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social e foram divulgados ontem. No ano passado, no mesmo mês, em vez de demissões houve 1.124 contratações a mais no estado. O levantamento mostra que desde novembro de 2008 não havia saldo negativo no período e, ainda, que este foi o décimo mês em 2015 com desempenho no vermelho. A exceção foi setembro, quando houve 2.172 contratações a mais do que demissões.
Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, nos primeiros onze meses do ano, houve redução de 8.484 postos (-1,85%). Nos últimos 12 meses, verificou-se retração de 2,50% no nível de emprego ou -11.512 postos de trabalho no RN.
O EMPREGO NO ESTADO
(Em novembro de 2015)
Quem demitiu mais
Construção civil -618 postos
Serviços - 488 postos
Indústria de transf. -171 postos
Extrativa mineral -51 postos
Quem contratou mais
Comércio +634
Agropecuária +246
Serv. industriais de util. pública +10
Administração pública +3
Obs.: Números correspondem ao saldo de empregos, ou seja, ao número de contratações menos o de demissões. Se está negativo o mercado demitiu mais.
Fonte: Caged
Brasil
No Brasil, o número de postos de trabalho com carteira assinada fechados em novembro chegou a 130.629 - o pior resultado para o mês da série histórica iniciada em 1992. Segundo dados do Caged, o número representa uma queda de 0,32% no total de trabalhadores formais, em comparação com o resultado do mês anterior, e é fruto de 1.179.079 admissões e 1.309 708 demissões. O resultado foi muito inferior ao registrado em novembro do ano passado, quando o saldo ficou positivo em 8.381 vagas pela série sem ajuste.
O Ministério do Trabalho avalia, no entanto, que houve desaceleração no ritmo de queda de postos ocupados no mercado de trabalho brasileiro. Em outubro, o número de empregos havia decrescido 0,42% (169.131 postos a menos), em relação a setembro.
“Este comportamento pode ser justificado em razão, fundamentalmente, do desempenho do setor comércio (+ 52.592 postos), que apresentou o melhor resultado desde novembro de 2014 (+ 105.043 empregos). Contribuiu também para este quadro de arrefecimento o setor de serviços, que, embora tenha apresentado uma redução de 23.312 postos, obteve um resultado melhor que o aferido em outubro último, quando a queda chegou a 46.246 postos”, informou, em nota.
No acumulado do ano, o nível de emprego formal apresenta um recuo de 945.363 postos de trabalho (-2,29%) e, nos últimos 12 meses, a variação negativa chega a 3,66% (-1.527.463 postos). O total do estoque de 40,26 milhões de empregos, registrado em novembro de 2015, ocupa a terceira posição no ranking da série história (iniciada em 1992), sendo inferior somente aos resultados de novembro de 2014 (41,79 milhões) e novembro de 2013 (41,29 milhões).
No recorte geográfico, os dados do Caged demonstram que houve redução no nível de emprego em todas as regiões do Brasil. Porém, quatro delas também sinalizam uma desaceleração no ritmo de queda: Sudeste, Sul, Nordeste e Norte.
Entre as 27 unidades da federação, quatro elevaram o nível de emprego, com destaque para Alagoas, que gerou 3.140 novos postos de trabalho em novembro. Por outro lado, São Paulo (-32.291 postos), Minas Gerais (-18.734 postos) e Goiás (-11.905 postos) foram os estados que mais reduziram o contingente de trabalhadores formais celetistas. Mas, nos casos de São Paulo e Minas Gerais, os declínios de empregos registrados no mês passado foram menores que aqueles verificados em outubro (-50.423 postos e -24.502 postos, respectivamente). No caso do Rio Grande do Norte, em outubro haviam sido cortadas 470 vagas, 35 a mais que em novembro.
Indústria lidera fechamento de vagas no país
A indústria de transformação foi a responsável pelo maior número de vagas formais de trabalho fechadas em novembro, no país. No total, foram encerrados 77.341 postos no setor. O número é resultado de 157.989 admissões e 235.330 desligamentos no período.
O segundo maior responsável por fechamento de vagas no mês foi a construção civil, importante termômetro da atividade econômica. Em novembro, foram encerradas 55.585 vagas. A maioria dos setores demitiu mais que contratou no mês passado. Nos serviços, foram encerradas 23.312 vagas. Na agricultura, foram fechados 21.969 postos. A administração pública teve saldo negativo de 2.142, o setor extrativo mineral teve menos 1.291 vagas e os serviços industriais de utilidade pública ficaram com menos 1.581 postos.
O número só não foi pior pela expansão de vagas no comércio, que tradicionalmente aumenta as contratações para as festas de fim de ano. No mês passado, o setor apresentou um saldo positivo de 52.592 vagas.
Com informações do Estadão Conteúdo.

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