domingo, 3 de janeiro de 2016

Dados do Banco Central apontam que 3 milhões de pessoas irão regredir na pirâmide social

Entre 2000 e 2013, em reais, a renda per capita do país aumentou 35% acima da inflação. Em 2014, o rendimento começou a perder força. No ano passado, tombou quase 5%. A perspectiva é de que os brasileiros encerrem o segundo mandato de Dilma Rousseff, em 2018, com renda per capita de R$ 25,9 mil, menor que os R$ 26,9 mil de seis anos antes.

Em 10 anos até 2014, o Brasil conseguiu reduzir a pobreza extrema. O Índice de Gini, que calcula a desigualdade social, passou de 0,535, em 2004, para 0,494 no ano passado — quanto mais próximo de 1 o indicador estiver, maior é o fosso que separa ricos e pobres. Contudo, lamentavelmente, os indicadores econômicos de 2015 indicam que, daqui para a frente, o país tende a andar para trás. O desemprego, que caminha para 10%, já é o maior da série histórica da Pnad Contínua, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O rendimento médio real do trabalhador, de R$ 2.177, acumula queda de 9% nos últimos 12 meses, maior queda desde 2003.

Além de ganhar menos, o brasileiro passou a gastar mais por conta de uma inflação de quase 11% em 2015, taxa que não se via desde 2002. Com menor poder de compra, perde-se qualidade de vida e abre-se mão das coisas mais básicas quanto menor for o poder de compra. O Bolsa Família considera pessoas extremamente pobres aquelas com renda mensal de até R$ 77. Para efeito de comparação, a cesta básica mais barata do país, apurada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em Aracaju custa R$ 291,80. Em Brasília, o preço da ração mínima de alimentos é de R$ 377,24.

Fonte: Política em Foco

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