domingo, 10 de janeiro de 2016

VÍDEO: "Se você está dentro da lei, não tem pra quê ter medo", diz capitão Styvenson.


Dois anos depois de ter acompanhado o trabalho da blitz da Lei Seca pela primeira vez, produzindo uma das primeiras reportagens sobre a atividade dos policiais que combatem a embriaguez ao volante no RN, o NOVO voltou a entrar na viatura do capitão Styvenson para saber como está o trabalho durante o verão de 2016.

Agora, além das blitzen que acontecem em momentos e locais estratégicos da faixa litorânea, Styvenson Valentim, coordenador do projeto, e sua equipe realizam o trabalho ostensivo diário em toda a faixa de orla. Na terça que antecedeu o feriado de Reis Magos não foi diferente. Os policiais ganharam a praia para coibir os crimes por lá praticados.

O trabalho começou por volta das 9h. Depois de se organizarem na sede do Detran, os policiais partiram para o trabalho. A reportagem do NOVO seguiu com a equipe que foi para o litoral Sul, para onde também foram os capitães Styvenson Valentim e Isaac Paiva, coordenador e subcoordenador do projeto, respectivamente.

No caminho, muita gente acenando para os policiais, e afirmando apoio às barreiras da Lei Seca. Num determinado trecho da praia de Búzios, quando a equipe parou para esvaziar os pneus da caminhonete e seguir pela areia, uma professora que passava com a filha parou o capitão Styvenson para lhe dizer que era sua fã.
                     

A mulher afirmou apoiar o trabalho e disse que ele precisa ser cada vez mais ampliado. "É isso que recompensa o trabalho da gente”, reforçou o capitão. Na faixa de areia, não foi diferente. Vários veranistas acenavam para as viaturas, cumprimentando os policiais.

Aquela terça-feira foi um dia mais tranquilo para a blitz da Lei Seca, apesar da alta circulação de gente pelo litoral.

Houve, durante a manhã, so-mente uma autuação. Um português que trafegava desavisadamente pela praia em um buggy com sua companheira na altura de Tabatinga, dizendo que queria chegar à Lagoa do Bonfim.

O homem foi parado pela viatura e lhe foi pedido que realizasse o teste do bafômetro.

O resultado foi negativo, no entanto a infração de conduzir o carro na faixa de areia ainda rendeu uma multa ao estrangeiro.

No litoral Norte foram duas motocicletas apreendidas, também circulando na zona de praia. A intenção é intensificar essa fiscalização neste período de verão, porque boa parte das pessoas do estado migra para o litoral nesta época do ano.

"Você pode pegar um táxi. Não tem táxi na praia onde está? Pede para o pai ou a mãe ir deixar na festa, ou eleja um motorista da rodada. O que não pode é ir de carro, beber e querer dirigir depois".

O alerta é do capitão PM Styvenson Valentim. Neste verão, não haverá descanso para os motoristas imprudentes que cruzarem o litoral do Rio Grande do Norte.

A famosa operação da Lei Seca, que durante todo o ano já vem sendo um calo no pé dos condutores embriagados, intensificou suas atividades nas praias e não vai deixar passar ninguém que esteja sob efeito de álcool trafegar livremente pelas estradas litorâneas.

O trabalho que vem sendo desempenhado pelos policiais que compõem a blitz da Lei Seca tem sido elogiado na sociedade civil por conta da eficácia no combate a esse tipo de crime, o de embriaguez ao volante, e também pela sua reputação de honestidade durante o exercício da profissão.

Apesar de causar pânico entre os motoristas desavisados que caem nas barreiras policiais, Styvenson Valentim defende que não há o que temer. "Não sei por que as pessoas têm medo. Se você está dentro da lei, não tem pra quê ter medo"” enfatiza.

Aval do governador
Com aval do governa-dor Robinson Faria para livre atuação, a turma do capitão Styvenson pretende prevenir acidentes na região do litoral, bem como coibir outros tipos de crimes, como a circulação de automóveis na faixa de areia das praias e até roubos.

Neste ano de 2016, a blitz da Lei Seca tem mais quatro caminhonetes 4x4 e uma mini van com capacidade para 16 pessoas, para abrigar os infratores. A estrutura permite a fiscalização diária nos litorais Sul e Norte do estado.

O capitão Styvenson a-dianta que haverá blitzen em diferentes pontos nas várias praias que formam o litoral potiguar. Segundo ele, toda a região está sendo mapeada, e os trechos de maior necessidade da intensificação do trabalho identificados.

A intenção é realizar barreiras mais eficientes, que causem menos transtornos ao tráfego de automóveis e aos motoristas que não descumprem o Código Nacional de Trânsito. "Blitzen inteligentes, direcionando a atividade para os condutores que realmente precisam ser parados e realizar os testes no etilômetro", explica.

Os policiais da Lei Seca já sabem onde estão a maioria dos restaurantes e bares da orla, onde há potenciais infratores que insistem em ingerir bebida alcoólica e dirigir. "A gente não quer impedir que ninguém beba, só não pode combinar o álcool coma direção" observa Styvenson.

Fatos pitorescos das blitzen
"Vai beber? Cuidado com Styvenson". É o que mais se ouve desde que a Operação Lei Seca ganhou corpo no Rio Grande do Norte sob o comando do capitão grandalhão, famoso nos quatro cantos do estado por não dispensar ninguém que esteja alcoolizado - autoridade ou cidadão comum - nas barreiras policiais.

Nas tantas blitzen realizadas pela equipe do oficial da Polícia Militar, já aconteceu muita coisa. Styvenson lembra das inúmeras "carteiradas"que militares e políticos já quiseram dar, para passar sem serem autuados, e também da descompostura de outros tantos motoristas, que sequer se seguravam em pé dado o nível de embriaguez.

Há também as situações mais engraçadas, e entre elas o capitão destaca uma que aconteceu em setembro de 2015, numa blitz montada em Capim Macio.

De acordo com Styvenson, um estudante, sob efeito de drogas, cruzou a barreira a pé completamente nu. "Ele achava que era um carro", disse.

O fato aconteceu na madrugada do domingo, dia 27 de setembro, na rua Walter Duarte Pereira. "Quando perguntei o motivo, ele disse que era o calor", recorda o capitão, rindo. O estudante foi detido, porém liberado assim que retomou a consciência.

Outro fato destacado por Styvenson aconteceu já neste mês de janeiro, durante o primeiro fim de semana do ano. Um homem que conduzia um buggy foi autuado por guiar o veículo numa faixa de areia em Pirangi, sob efeito de álcool. Até a autuação, não havia nada de diferente do que já foi presenciado pelos policiais em outras ocorrências.

Todavia o caso ganhou as redes sociais, porque o motorista teria alegado que foi induzido ao erro pela equipe da Lei Seca. O homem disse que foi ajudar os policiais, que estavam com o carro atolado, quando foi abordado e multado. "Mas não foi assim que aconteceu", defende Styvenson.

Segundo o capitão, o autuado era um sargento da Marinhado Brasil e tentou ser dispensado do flagrante em virtude da profissão. Não con-seguindo, ficou irritado com a guarnição. "E aí eu não sei por que inventou essa história".

O local em que houve a autuação fica num braço de areia em que há algumas barracas conhecidas na região que comercializam, entre outras coisas, caranguejo. "No lugar, a areia é firme e não tem como a caminhonete 4x4 da Lei Seca atolar. Além disso, não há um ponto de visão em que ele possa ter observado os policiais pe-dindo ajuda, por causa das barracas", detalha Styvenson.

"Eu já vi muita gente correr das viaturas da Lei Seca quando a gente chega perto. Mas correr em nossa direção para supostamente desatolar um carro e ainda mais estando sob efeito de álcool é complicado", sorriu.

Fonte: novojornal.jor.br

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