
Os Jogos Olímpicos já batem na porta pedindo passagem. No dia 5 de agosto, o Brasil receberá pela primeira vez na história o principal evento esportivo mundo, que acontece no Rio de Janeiro.
Para a cabeça de um atleta de alto rendimento, a Olimpíada é o mais alto dos patamares de um sonho.
Do RN, muitos nomes já tiveram a honra de defender o Brasil em Olimpíadas. Outros foram ainda mais longe e chegaram até a subir no pódio e trazer uma medalha pra terras potiguares, como a ex-jogadora de vôlei Virna, bronze em Atlanta (1996) e Sidney (2000).
Mas a certeza de que para eles, essa história não foi nenhum pouco fácil. Neste ano, por enquanto, o Rio Grande do Norte tem um nome com índice olímpico: o nadador Marcos Macedo, nos 100m borboleta. Enquanto uns ainda brigam pela vaga, outros ficaram pelo caminho de uma batalha que apenas começou.
Até o início deste ano, os potiguares Wagner Wanderley, de 25 anos, e Jonatas Augusto, 27, lutaram por representar a bandeira norte-rio-grandense na Cidade Maravilhosa. Os dois são atletas de Luta Oímpica e reservas da Seleção Brasileira.
Na seletiva em janeiro, no entanto, perderam seus duelos e ficaram de fora da briga, mas por hora. A ideia de ambos é manter o nível de preparação e, dessa vez, chegar aos Jogos Olímpicos de 2020.
Eles, como poucos esportistas no mundo, estiveram a um passo de realizar esse sonho imenso de participar dos Jogos Olímpicos deste ano. No RN, então, encontrar atletas desse nível de competência mundial é ainda mais raro. Muito pela falta de estrutura expressa ou a ausência de políticas de incentivo ao esporte que rondam o Elefante.
Ainda assim, eles surgem – crescidos da própria vontade.
Os lutadores são exemplos disso. Jonatas Augusto tirou do próprio bolso cerca de R$ 10 mil para se preparar em treinamentos e competições nos cinco meses que antecederam os Jogos. A vaga não veio, mas muito pior do que não realizar o sonho de disputá-los, é o cenário que se mostra imutável, mesmo em um país às vésperas do principal evento esportivo do mundo.
“Como eu me senti? Triste, por não conseguir lutar uma Olimpíada no meu país, mas ainda mais triste quando acabou meu dinheiro e eu tive que voltar para Natal. Aqui eu não tenho técnico, eu treino sozinho. E eu não tenho patrocínio aqui”, lamenta Jonatas, que brigava por uma vaga na categoria até 86 quilos no estilo livre, na Luta Olímpica.
Mesmo em alto rendimento, hoje ele não tem nenhum patrocínio.
“Natal não tem lei municipal de incentivo ao esporte. Aqui a gente não tem um bolsa-atleta. Se você perguntar a qualquer atleta de qualquer modalidade Olímpica, uma das frustrações dele vai ser: falta de uma lei de incentivo e falta do bolsa-atleta estadual”, diz.
Sem auxílio financeiro, lutadores treinam sozinhos
Para poder treinar fortemente e se dedicar à busca de uma vaga olímpica, Jônatas trancou a faculdade e ficou desempregado. “O cara tem que treinar para chegar no alto nível. Não é milagre. Então eu estou desempregado porque ou eu treino ou eu trabalho”, afirma.
Até quando se preparava, em Garanhuns-PE, para a seletiva nacional que aconteceria no Rio de Janeiro, Jônatas buscou alguma forma de conseguir recursos. Sem apoio Estadual ou municipal, lá participou de uma competição de Beach Wrestling, onde conseguiu levantar uma grana. “Fui só pelo dinheiro mesmo. Peguei R$ 100 emprestado com um amigo e o prêmio me pagou R$ 500. Se eu tivesse perdido, eu estaria devendo os R$ 100”.
Wagner Wanderley também reclama da falta de investimento e apoio público para o esporte e atletas. “É muito complicado se manter no alto rendimento aqui em Natal. O principal fator é justamente a falta de patrocínio e do bolsa-atleta estadual, pois a maioria dos nossos adversários de outros estados vivem do e para o esporte”, lamenta o lutador.
“Nós aqui da luta olímpica, e acredito que de outros esportes também, temos que buscar outras fontes de renda para nos mantermos”, acrescenta. Ele ainda recebe o auxílio do bolsa-atleta federal (que paga atualmente R$ 925), já que está no time B da Seleção Brasileira há dois anos.
Outro fator comentado pelo atleta é também a ausência de praticantes do esporte no Rio Grande do Norte, já que a luta olímpica é relativamente “nova” por essas bandas. Assim, eles praticamente treinam por si só.
“Temos também a falta de material humano para treino. Temos poucos praticantes aqui no estado”, relata Wagner, que pratica a luta Greco-romana, ainda menos conhecida no cenário potiguar.
Os lutadores começaram a praticar a Luta Olímpica há três anos - ambos eram judocas. Wagner Wanderley treina a arte marcial há 19 anos. Já Jônatas Augusto é faixa preta em judô e azul em jiu-jítsu.
“Eu fui mais para melhorar o meu judô. E aí o presidente da federação daqui perguntou se eu não queria lutar o Campeonato Brasileiro de Luta Olímpica no treinamento”, lembra Jônatas Augusto. Tudo correu tranquilo e ele viajou para Osasco, onde aconteceu a competição, e ficou com o quinto lugar.
“Depois que eu voltei da viagem, eu fui parando os treinos do judô e passei a investir só na luta olímpica e só no estilo livre. Nem Greco-romana eu treino”, afirma.
América encara o Globo no Nazarenão
O América recebe o Globo nesta sexta rodada da Copa Rio Grande do Norte, o segundo turno do Campeonato Potiguar, praticamente para cumprir tabela. O jogo, inclusive, será no estádio Nazarenão, em Goianinha e acontece às 16h deste sábado.
Essa será a segunda vez que o Alvirrubro mandará jogos neste Estadual longe da Arena das Dunas como mandante. Há duas rodadas, o time levou o jogo diante do Palmeira para o estádio Barrettão, em Ceará-Mirim.
O motivo já havia sido antecipado pelo presidente do clube, Beto Santos. Com os altos custos da Arena e um segundo turno morno do Dragão, o clube só jogará a final da competição no estádio de Natal na Copa do Mundo.
Mas a situação está bem complicada para o time do técnico Guilherme Macuglia. Se não quiser apenas cumprir tabela na rodada, ele deve fazer testes na equipe principal. Com o rendimento abaixo do esperado diante do Potiguar de Mossoró, o time pode mudar no setor ofensivo com a saída do jovem Brendo do trio de frente ao lado de Mateusinho e Lúcio Curió.
Uma novidade no time principal pode ser a entrada do meia Alex Cruz, ou Alex Galinho, como é mais conhecido. O jogador chegou por empréstimo do Vitória no início da temporada e, até agora, teve poucas chances de atuar com a camisa do Dragão. Nos treinamentos da semana, no entanto, agradou o treinador e pode pintar no time titular.
Outro que briga é o meia David Manteiga, que entrou na partida diante do Palmeira de Goianinha, e agradou. Ele treinou ao lado de Cascata na semana e pode ser a novidade. A ideia de Guilherme Macuglia é que o time trabalhe mais a bola, o que, para ele, tem sido a principal deficiência do Dragão neste momento da temporada.
Além disso, Zé Antônio e Maracás disputam uma posição na zaga, já que Macuglia não poderá contar com Flávio Boaventura, que está suspenso pelo terceiro cartão amarelo, recebido no jogo diante do Potiguar de Mossoró.
ADIADO
A partida entre América e Gama, que seria realizada no dia 20 de abril foi alterada pela CBF para o próximo dia 27. Isso porque o time do Distrito Federal se classificou para as semifinais da Copa Verde e as datas dos dois duelos coincidiram.
Assim, o jogo da volta, que estava marcado para o dia 27 passa a ser no dia 4 de maio, caso o Dragão não vença o adversário por dois gols de diferença fora de casa.
Fonte: Novo Jornal
ISEP - PÓLO TANGARÁ


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