Compartilhamento:

quinta-feira, 16 de junho de 2016

7 mitos sobre o mau hálito

Apenas escovar os dentes é suficiente para matar os germes de todas as áreas da boca?

Gomas de mascar e balas combatem efetivamente a halitose? São vários os mitos sobre o problema que atinge uma grande parte das pessoas e pode gerar situações constrangedoras.

Abaixo o Dr. Alex Haas, Mestre e Doutor em Periodontia e Professor Adjunto de Periodontia e Implantodontia na UFRGS, explica sobre esses mitos, os segredos para garantir um sorriso saudável e um hálito refrescante.

1. APENAS A ESCOVAÇÃO É SUFICIENTE PARA ALCANÇAR TODAS A ÁREAS DA BOCA E REMOVER OS GERMES DA BOCA.

MITO: A escovação isoladamente não remove milhões de germes. Assim, os que permanecem na boca rapidamente recolonizam os dentes e podem formar a placa bacteriana e a gengivite, responsáveis muitas vezes pelo mau hálito. Para conseguir uma boca limpa de verdade é preciso combinar escovação + fio dental + enxaguatório bucal. O uso da escova + fio dental alcança apenas 25%¹ das áreas da boca, enquanto o uso combinado da escova + fio dental + enxaguatório alcança 100% dessas áreas, eliminando até 99%² dos germes que causam gengivite e mau hálito.

2. O MAU HÁLITO É UMA DOENÇA.

MITO: O mau hálito não é uma doença, mas ele pode ser um sinal de que algo está errado.

Todo mundo pode apresentar mau hálito de tempos em tempos, principalmente, ao acordar, o que é considerado fisiológico. As causas podem estar relacionadas com o biofilme bacteriano acumulado na parte de trás da língua, também conhecido como saburra lingual, além da diminuição da saliva, de alimentos com odores fortes, o fumo, doenças de gengiva, problemas na boca e garganta, além de problemas em outras partes do corpo (que são mais raros).

3. BALAS E GOMAS DE MASCAR COMBATEM O MAU HÁLITO.

MITO: Artifícios como balas e gomas de mascar apenas mascaram o problema por pouco tempo, pois não atuam na causa do mau hálito. O efeito pode ainda ser contrário. Caso apresentem açúcar, podem agravar o mau hálito através do favorecimento de cavidades de cárie nos dentes, pois estimulam a produção dos ácidos por certos tipos de bactérias que desmineralizam o esmalte dos dentes, além de promover a degradação de restos alimentares, contribuindo para o aparecimento do mau hálito.

4. ENXAGUATÓRIO BUCAL COM ÁLCOOL AGRAVA PROBLEMAS DE MAU HÁLITO.

MITO: Os enxaguatórios de antissépticos que contem álcool não contribuem para o mau hálito. Pelo contrario, são capazes de combate-lo. É comprovado que o álcool é seguro e efetivo na diluição dos ingredientes dos enxaguatorios que combatem as bactérias que causam a gengivite e o mau hálito, pois permite uma penetração mais profunda dos óleos essenciais nas camadas mais internas do biofilme. Além disso, o álcool atua apenas como conservante.

5. MAU HÁLITO NÃO TEM CURA.

MITO: O mau hálito geralmente está associado com hábitos inadequados de higienização da boca, alimentação e estilo de vida. Atitudes saudáveis e o uso de produtos corretos podem prevenir e resolver o problema. Além da escovação adequada dos dentes e língua, é importante associar o uso de fio dental e complementar com o uso de enxaguatório. A combinação destes três produtos de forma correta é o caminho para quem deseja um bom hálito sempre. O dentista é o profissional que deve ser primeiramente consultado em caso de suspeita ou queixa de mau hálito para que se possa definir se existe necessidade de outros

6. GOSTO RUIM NA BOCA É SINAL DE MAU HÁLITO.

MITO: A alteração de paladar nem sempre tem relação com halitose. Gostos amargos, azedos ou metálicos podem ser sinais de que há algo de errado e que precisa ser avaliado. A
recomendação é consultar um dentista para examinar a causa do distúrbio e se for necessário irá encaminhar a um médico especialista.

7. O MAU HÁLITO ATINGE APENAS ADULTOS.

MITO: As crianças também podem sofrer com mau hálito. Geralmente, o problema está associado à higiene bucal inadequada, presença de cáries e inflamação nas gengivas. O uso de aparelho ortodôntico também pode contribuir para o mau hálito algumas vezes pois pode dificultar a escovação e aumentar a retenção de alimentos. Outras causas comuns são a respiração pela boca e pouca ingestão de água, pois ambos diminuem a salivação aumentando a chance de aparecer um odor desagradável.

Referências

¹ Kerr WJS, Kelly J, Geddes DAM. The areas of various surfaces in the human mouth from nine years to adulthood. J Dent Res.

² Estudo in vitro – Dados em arquivo

Nenhum comentário:

Postar um comentário