terça-feira, 28 de junho de 2016

Após o Superstar, Plutão Já Foi Planeta recebe propostas de gravadoras

A vitória até pode não ter acontecido no último domingo, mas o sucesso já é real. Segundo lugar na mais recente edição do Superstar, reality musical da TV Globo, a banda potiguar Plutão Já Foi Planeta começa a colher frutos da alta exposição em rede nacional. Com shows marcados por todo o Brasil, os integrantes se veem enredados entre convites de gravadoras e as garras da repentina fama.

Após o término do programa televisivo na tarde do último domingo, que consagrou o grupo pernambucano Fulô de Mandacaru, com 70% dos votos do público, os cinco integrantes da Plutão Já Foi Planeta iniciaram o período de descanso. Eles devem permanecer no Rio de Janeiro o restante da semana e só retornar para Natal na próxima segunda-feira.

Gustavo Arruda (guitarra), Natália Noronha (vocal e guitarra), Khalil Oliveira (bateria), Vitória de Santi (baixo) e Sapulha Campos (guitarra) mal dormiram nos últimos dias. O repouso de direito só começou efetivamente ontem. O NOVO conversou com o produtor da banda, André Maia, que acompanhou a grande final ao lado dos protegidos. Ademais, por questões de contrato com a Rede Globo, o quinteto não pode dar entrevistas. “Esse momento agora é de descanso. Foram três meses de muito trabalho devido ao programa”, comenta.

O retorno para Natal também servirá para definir os próximos passos do grupo. Os integrantes esperam ter mais tranquilidade para trabalhar nas canções do segundo disco autoral - o sucessor de "Daqui Para Lá" ,de 2014. Eles já têm um punhado de canções engatilhadas. Muitas delas, inclusive, já foram apresentadas durante o reality musical, como "Post-It", que encerrou a participação deles no programa musical. Mesmo sem o primeiro lugar do programa – que garantia contrato para gravar disco e mais R$ 500 mil –, os músicos não têm do que reclamar. Eles já receberam convites para assinar com diversas empresas fonográficas. Os potiguares chamaram atenção pelas composições próprias, com letras alicerçadas em um indie pop, vocais açucarados e arranjos redondos. Agora, durante o merecido descanso, eles vão avaliar as propostas de gravadoras. “Já recebemos diversas propostas, mas não podemos revelar nomes”, diz André Maia.

Mesmo iniciantes, eles já são considerados o novo fôlego para o decadente rock nacional - sem espaço nas rádios e com claudicante vendagem. Além disso, a própria Somlivre – uma empresa ligada à Rede Globo – também está de olho na banda. Podem seguir os mesmos passos dos brasilienses da Scalene, segunda colocada da edição de 2015 do Superstar, que acabou contratada pela Slap, um selo criado pela própria Somlivre, que é especializado em lançar novos artistas. Pela companhia, a Scalene gravou o primeiro disco e lançaram mês passado o primeiro DVD ao vivo.

O quinteto nascido em Natal também está com a agenda cheia. “A demanda aumentou em relação a todo o país”, comenta André Maia. Os convites para shows não param. “Porém, ainda não posso divulgar. Mas queremos rodar por todo o Brasil”, despista.

O grande retorno aos palcos potiguares vai acontecer no dia 06 agosto. Eles serão a apresentação de abertura para o show da banda mineira Jota Quest, na Arena das Dunas, dentro de mais uma edição do projeto “Música na Arena”, que traz grandes nomes da música para um palco montado sobre o gramado do estádio.

A trajetória do quinteto potiguar no programa Superstar começou no dia 17 de abril, votação do impeachment na Câmara dos Deputados. Sem alarde, já que a apresentação não podia ser revelada de forma contratual, uma exigência da Rede Globo, a banda surgiu na tela, causando surpresa para fãs e arrebanhando diversos outros. Em mais de três meses, a página oficial do grupo no Facebook cresceu aumentou em mais de 500%. Já são mais de 130 mil de pessoas ligadas nas atualizações feitas pelo quinteto.

Da primeira apresentação para cá, eles executaram diversas canções do primeiro disco “Daqui Para Lá”, como “Viagem Perdida” e “O Ficar e o Ir da Gente”, mas também apostaram em canções inéditas, como “Você Não é Mais Planeta”, “Me leve” ou “Post-It”, com a qual disputaram a grande final do programa. “Foi incrível toda a trajetória. Era algo planejado, mas o programa acelerou em dois ou três anos o crescimento da banda. Sempre confiamos no nosso trabalho e executamos o máximo possível de músicas próprias”, diz André Maia.
Fonte: Novo Jornal

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