Samantha Luna, de apenas 21 anos, fala sobre sua rotina agitada de aulas, treinos e busca por apoiadores.
Desde 2014, Samantha tem sido convocada constantemente para a seleção brasileira (Foto: Reprodução/Facebook) |
Por Ayrton Freire
“A minha vida é essa correria”. A frase pronunciada pela carateca Samantha Luna, de apenas 21 anos, descreve bem a rotina agitada de uma atleta que luta para vencer no tatame e realizar seus sonhos. O ‘corre-corre’ tornou-se ainda mais intenso nos últimos dias, dada a busca por meios que garantam sua ida à Polônia para disputar o Campeonato Mundial, para o qual conquistou vaga.
A viagem ao país europeu para representar o país foi conquistada após o tricampeonato nacional. “No último dia 10, ouve o Brasileiro aqui em Natal e os três primeiros colocados foram convocados para Polônia, em outubro”, informou. Samantha estava no topo ao final da competição. Foi campeã assim como em 2013, quando tinha 18 anos, e também em 2014.
O título da categoria Adulto – com lutadoras entre 21 e 44 anos – assegurou, pela segunda vez, sua vaga em um Mundial. Mas, a jovem ainda não conta com a certeza de que participará da disputa. “Minha vaga está confirmada, mas não tenho ainda o dinheiro necessário para passagem e hospedagem”, contou.
A atleta demonstra ansiedade pela visita ao segundo país para disputar o Campeonato Mundial – em 2014, esteve entre as oito primeiras colocadas na Suíça. Diariamente, o preço das passagens é pesquisado. “As passagens aumentam e diminuem a cada dia, mas em média custam R$ 3 mil”, frisou.
Assim como em 2014, Samantha luta para convencer empresários a abraçarem sua causa. “Eu gostaria de pedir que eles (empresários) se colocassem no lugar de nós atletas que ralamos todos os dias para representar o Brasil e o estado e nos apoiassem”, clamou. Ela também relatou aquilo que lhe parece ser a maior aflição. “Já deixei de ir para algumas competições fora do país por não ter condições”, lamentou.
A correria:
Natural de São Paulo do Potengi, no interior do estado, Samantha Luna mora em Natal, atualmente. Na capital, ela dá aula de Karatê para – como define – “crianças, jovens e adultos também”, no bairro de Felipe Camarão. Os seus treinos ocorrem entre os intervalos de uma aula e outra, quando se dirige ao Alecrim.
A menina que sonha com a faculdade de Educação Física começou cedo a trilhar seus passos nos tatames. “Comecei com nove anos em São Paulo. Minha paixão sempre foram as artes marciais e meu pai me colocou no Karatê”, contou.
O seu histórico de campeão não demorou a ser construído. Um ano depois de começar a praticar o esporte, já ficou em segundo lugar no Campeonato Brasileiro que, naquele ano, foi disputado em Goiânia-GO. Desde 2014, Samantha tem sido convocada constantemente para a seleção brasileira.
Fonte: http://portalnoar.com/
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