Pernambucano doa R$ 15 milhões para construção de santuário
Um empresário pernambucano vai doar R$ 15 milhões para a construção do santuário de Santa Luzia, padroeira de Mossoró, cidade do interior do Rio Grande do Norte. Antônio Pacheco, dono de duas empresas, sediadas em Jaboatão dos Guararapes e Caruaru, no Agreste, resolveu fazer a doação para a cidade potiguar ao ser informado da busca de investidores para levantar o complexo.
O interesse do município na construção do complexo, que só será considerado um santuário depois da aprovação do Vaticano, tem justificativa. “A cidade antigamente vivia de petróleo. Com a queda dos royalties, a gente achou por bem trazer um novo investimento”, explicou o chefe de gabinete de Mossoró, Luiz Antônio Reis. Apesar disso, em declaração pública durante anúncio do projeto, o empresário disse não encarar a doação como um investimento, preferindo enxergar, no espaço, uma chance de homenagear a mãe, devota da santa.
A construção será feita em uma área de 15 hectares e não terá nenhum investimento público. “Esse é um termo de cooperação técnica entre o município e o doador, o município só entra com a desapropriação da área e com o projeto”, lembrou o chefe de gabinete. As obras devem ser iniciadas em agosto. Quando finalizadas, terão capacidade para receber cerca de 120 mil pessoas.
Natural de Escada, na Zona da Mata pernambucana, Antônio Pacheco Filho conversou com a imprensa local durante a cerimônia de anúncio do projeto. Ao Mossoró Hoje, garantiu que sua participação não deveria ser encarada como investimento, por não desejar retorno financeiro com a mesma, além de afirmar que a única condição para sua participação seria a de que a obra não tivesse qualquer vínculo político.
Vejo o Vídeo:
Segundo o secretário de Turismo de Mossoró, Renato Fernandes, o complexo religioso – como prefere chamar antes da sanção do Papa – permitirá um deslocamento do eixo turístico religioso do país. Além disso, comentou a expectativa de público: “A estátua do Padre Cícero recebeu, no ano passado, 3 milhões de visitantes. Espero ultrapassar este número no sexto ano após a estátua pronta”. conta. Já quanto ao impacto econômico afirma: “Será muito grande, não tem como mensurar. O próprio complexo possuirá praça de alimentação e fábrica de suvenir”. Para a realização da obra, no entanto, será preciso desapropriar a área, de 15 hectares, atualmente com três proprietários, o que, segundo a prefeitura, deve ser realizado ainda no mês de julho, antes do início das obras, em agosto.
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