sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Eduardo Cunha será cassado segunda-feira mas manobra do Senado deverá se repetir na Câmara e ele poderá voltar em 2018

Por Interino

O deputado federal afastado Eduardo Cunha vai perder o mandato segunda-feira.

O placar levantado pelo Globo e Estadão já chega aos 270 votos pela cassação, ultrapassando os 257 que indicarão o afastamento em definitivo do parlamentar.

Segundo o blog do Camarotti, Cunha sofreu um golpe ao saber que não conrará mais com a abstenção dos 30 deputados do PSD, que haviam combinado nem aparecer na hora da votação.

Porém, em tempo de eleição municipal, e já em véspera de reeleição em 2018, os deputados, se tremendo de medo do povo, decidiram acompanhar a onda popular e votar pela cassação.
A discussão agora é sobre a consequência dessa cassação.

A manobra feita para livrar a ex-presidente Dilma Rousseff da perda de direitos políticos.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), jura que não se trata se manobra.

Mas claro que é.

Outros deputados como André Vargas (PT), vice-presidente da Câmara na gestão Henrique Alves (PMDB) foi cassado sem choro nem vela.

O senador Delcídio do Amaral (PT) foi cassado sem choro nem vela.

A pena branda usada em favor de Dilma Rousseff, que não foi usada em favor do ex-presidente Collor, que amargou 8 anos fora da política, tende agora a salvar o futuro de Eduardo Cunha.

Manobra para cassá-lo agora, mas dar-lhe o direito de voltar em 2018, com a bandeira do “homem que tirou Dilma e o PT do poder”.
Cunha está à beira da morte mas continua poderoso.

A semana vai começar com a expectativa de reprise na Câmara, ao que aconteceu no Senado em relação a Dilma, e Cunha fecha, temporariamente, a porta do apartamento funcional que ocupa em Brasília.

Voltará em 2018, a menos que até lá caia nas mãos do juiz Sérgio Moro e a perda dos direitos políticos aconteçam de outra forma.

Porque se depender de deputados, por muito tempo dependentes de Cunha, ele sai agora como uma forma de prestar contas à população e ao eleitorado, mas volta daqui a dois anos como se nada tivesse acontecido.

Por Thaisa Galvão

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