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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Jovem cientista, natural da cidade de Japi é premiada juntamente com outras seis pesquisadoras de outros estados e recebem bolsa-auxilio no valor de 50 mil

Elisama Vieira, segunda da esquerda para a direta.
O Museu do Amanhã foi palco da cerimônia de entrega da 11ª edição do prêmio Para Mulheres na Ciência, uma parceria da L’Oréal Brasil com a Unesco no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências (ABC). A premiação reconheceu a japiense Elisama Vieira e mais seis cientistas brasileiras dos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Amazonas, garantindo visibilidade e condições mais favoráveis para a continuidade dos seus projetos, nas áreas de Ciências da Vida, Química, Física e Matemática. Os trabalhos das pesquisadoras foram escolhidos entre mais de 400 projetos inscritos e receberam como incentivo uma bolsa-auxílio no valor de R$ 50 mil. 
Elisama Vieira Santos, natural do município de Japi, representando a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi escolhida por liderar um projeto, em parceria com a Universidad de Castilla La Mancha (Espanha), que tem como objetivo tratar solos contaminados com pesticidas e metais pesados, principalmente em grandes áreas de elevado impacto ambiental. A técnica emprega tecnologia eletroquímica, que tem como vantagem, por meio do uso de energia elétrica, ser desenvolvida in loco, evitando os custos associados com escavação e transporte, e ser aplicada em solo de baixa permeabilidade contaminados com metais pesados e espécies orgânicas. Como forma de evitar uma das limitações da técnica, que é justamente o consumo de energia elétrica, o projeto permite tornar a técnica mais sustentável com o acoplamento de energias renováveis como a energia eólica e a energia solar, que permitirão a sua aplicabilidade em larga escala. 

Na premiação, o presidente da L’Oréal Brasil, Didier Tisserand, destacou que o prêmio é de extrema importância para o desenvolvimento da ciência no país e as pesquisadoras representam a diversidade no universo científico. “Dar a mais mulheres acesso à ciência não apenas beneficiará a pesquisa, mas também contribuirá para uma sociedade mais justa e democrática. Queremos que este prêmio possa ser tão relevante para as carreiras das vencedoras quanto é para a L´Oréal”, disse ele. 
Ary Mergulhão, coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, ressaltou que a qualidade de vida das pessoas depende desses movimentos pela ciência. O representante da Unesco lamentou a desigualdade da participação feminina no universo científico e chamou a atenção para a necessidade do aumento da qualidade da pesquisa no país e da maior presença de mulheres em cargos de tomada de decisão na área da ciência e da tecnologia. Logo após, Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciência, destacou ciência, inovação e educação como pilares fundamentais para o desenvolvimento do país. “A participação das mulheres na ciência é crescente no Brasil, mas ainda temos muito o que avançar”, afirmou. 

A atriz Taís Araújo, porta-voz da L’Oréal Paris, reforçou a importância do estímulo à presença feminina não só no âmbito científico, mas em todos os campos de atuação, e relembrou o lançamento do Manifesto Para Mulheres na Ciência, promovido pela Fundação L´Oréal e a Unesco, que estimula o engajamento do público na causa, por meio de assinaturas. 

Dando ressonância aos comentários da atriz, a cientista Claudia Suemoto, uma das pesquisadoras e representante das vencedoras, encerrou a cerimônia ressaltando o valor da ciência no crescimento do país: “O prêmio une o setor privado e a Academia, além de trazer ao palco mulheres que cada vez mais ingressam em todos os setores da ciência buscando as mesmas oportunidades”. A solenidade teve a presença do ministro de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.

Fonte: Blog do Joabson Silva

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