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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

POETA MARCIANO MEDEIROS HOMENAGEIA O TANGARAENSE, ZÉ ALVES

NOSSO ZÉ DA PADARIA DEIXOU SERRA DE SÃO BENTO


(Marciano Medeiros)

A vida mostra momentos
De grandes reflexões,
As vezes maltrata muito
Retalhando os corações,
Quando uma enfermidade
Estampa o véu da saudade, 
Entre as muitas gerações.

Não existe dor maior
Do que perder um amigo,
Quando sai do corpo físico
Leva a lembrança consigo,
Mas o Zé da Padaria, 
Deixou pranto e agonia
Que traduzir não consigo.

Sofreu queda, o meu irmão,
Viu em Zé um cicerone: 
Ele ajudou no passado, 
Nem usamos telefone.
Numa bondade sem fim
Da Serra a Parnamirim,
Prestou socorro a Marcone.

Devido a ser andarilho
Tornou-se comerciante,
Trabalhou com Vandervaldo
Sendo um amigo constante.
Por ter riso acolhedor
Foi notável vendedor,
Um caixeiro viajante.

Ao saber que nos deixou
Fiquei triste e comovido,
Estando em Natal, me deram,
Cada detalhe ocorrido.
Certamente o bom Jesus, 
Mandou os anjos de luz,
Fazê-lo bem recebido.

Recordei o jeito dele
Tão amigo e sorridente,
Lá no bar de João Davi
Nunca foi indiferente.
Dava boas gargalhadas
Contava muitas piadas
Cada qual mais envolvente.

Fizemos duas viagens
Por causa de cantoria,
Trouxe Helânio a Nova Cruz,
No carro tendo alegria,
Pra de forma muito pura
Numa Casa de Cultura,
Cantar verso e poesia.

E depois a Paraíba 
Zé foi de modo instantâneo,
Levando Chico e Domingos,
Para cantar com Helânio.
Chega a poeira cobriu,
Quando o carro dirigiu, 
Num movimento espontâneo.

Também deixou pra Nevinha
Emoções especiais,
Sua esposa comovida, 
Verteu lágrimas sem iguais.
Este grande companheiro,
Tão amigo e verdadeiro,
Deixou saudade demais.

Hoje Serra de São Bento
Lamenta sua partida,
Pois deixou nossa terrinha,
Para adentrar noutra vida.
Certamente lembraremos, 
Dos momentos que vivemos,

Nesta jornada sofrida.

Fonte: Observatório de Serra de São Bento

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