NOSSO ZÉ DA PADARIA DEIXOU SERRA DE SÃO BENTO
(Marciano Medeiros)
A vida mostra momentos
De grandes reflexões,
As vezes maltrata muito
Retalhando os corações,
Quando uma enfermidade
Estampa o véu da saudade,
Entre as muitas gerações.
Não existe dor maior
Do que perder um amigo,
Quando sai do corpo físico
Leva a lembrança consigo,
Mas o Zé da Padaria,
Deixou pranto e agonia
Que traduzir não consigo.
Sofreu queda, o meu irmão,
Viu em Zé um cicerone:
Ele ajudou no passado,
Nem usamos telefone.
Numa bondade sem fim
Da Serra a Parnamirim,
Prestou socorro a Marcone.
Devido a ser andarilho
Tornou-se comerciante,
Trabalhou com Vandervaldo
Sendo um amigo constante.
Por ter riso acolhedor
Foi notável vendedor,
Um caixeiro viajante.
Ao saber que nos deixou
Fiquei triste e comovido,
Estando em Natal, me deram,
Cada detalhe ocorrido.
Certamente o bom Jesus,
Mandou os anjos de luz,
Fazê-lo bem recebido.
Recordei o jeito dele
Tão amigo e sorridente,
Lá no bar de João Davi
Nunca foi indiferente.
Dava boas gargalhadas
Contava muitas piadas
Cada qual mais envolvente.
Fizemos duas viagens
Por causa de cantoria,
Trouxe Helânio a Nova Cruz,
No carro tendo alegria,
Pra de forma muito pura
Numa Casa de Cultura,
Cantar verso e poesia.
E depois a Paraíba
Zé foi de modo instantâneo,
Levando Chico e Domingos,
Para cantar com Helânio.
Chega a poeira cobriu,
Quando o carro dirigiu,
Num movimento espontâneo.
Também deixou pra Nevinha
Emoções especiais,
Sua esposa comovida,
Verteu lágrimas sem iguais.
Este grande companheiro,
Tão amigo e verdadeiro,
Deixou saudade demais.
Hoje Serra de São Bento
Lamenta sua partida,
Pois deixou nossa terrinha,
Para adentrar noutra vida.
Certamente lembraremos,
Dos momentos que vivemos,
Nesta jornada sofrida.
Fonte: Observatório de Serra de São Bento
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