De acordo com o portal Vocativ, meninas adolescentes estão realizando cada vez mais um procedimento genital conhecido com labioplastia.
Tanto que o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG, em inglês) emitiu uma série de orientações sobre como os médicos devem conversar com elas sobre a cirurgia. Por consistir em uma intervenção para a redução dos pequenos lábios vaginais, muitas vezes por razões estéticas, os médicos devem conversar com elas sobre todo o procedimento e aconselhar sobre a real necessidade.
Segundo a presidente da ACOG, Julie Strickland, a variedade de forma, aparência, tamanho e simetria dos lábios pode ter efeitos psicológicos, particularmente, preocupante nas mulheres mais jovens. “É mais uma parte do corpo sobre a qual as mulheres são inseguras e nosso trabalho, como ginecologistas, é tranquilizar as pacientes. Isto é importante porque a labioplastia não é um procedimento simples e vem com o risco de complicações graves, incluindo dores, cicatrizes e infecções”.
Apesar do crescente interesse das adolescentes na cirurgia de mamas, a labioplastia ainda é a mais popular. Nos Estados Unidos, em 2015, o número de casos envolvendo meninas de 18 anos, quase dobrou. Em 2014 foram realizadas 222 cirurgias enquanto que no ano passado, 400, caracterizando um aumento de 80%.
Segundo a ACOG, as razões para a realização do procedimento envolvem tendências de remoção dos pelos pubianos, imagens idealizadas de anatomia genital e aumento da sensibilidade vaginal. Em outras palavras, depilação, pornografia e publicidade. Segundo a Vocativ, é importante notar que essas coisas acontecem em razão da falta de educação sexual.
A labioplastia consiste em uma cirurgia para reparar os grandes ou pequenos lábios. É recomendada para casos em que o tamanho é atipicamente grande a ponto de causar complicações sexuais ou urinárias. Contudo, essa operação deixou de ser funcional para se tornar estética e desnecessária.
Jornal Ciência via Vocativ
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