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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Pesquisadores conseguiram um feito inédito: Matar células infectadas com HIV, inclusive as “adormecidas”, sem causar danos a células saudáveis, usando planta do nordeste brasileiro

Cura do HIV? Planta do Nordeste brasileiro pode ser a chave para a cura da doença

Descoberta importantíssima! Pesquisadores da USP – Universidade de São Paulo e da Louisiana State University (LSU), dos Estados Unidos, conseguiram um feito inédito: matar células infectadas com HIV, inclusive as “adormecidas”, sem causar danos a células saudáveis. Tudo isso graças à proteína Pulchellina, que é produzida a partir da planta Abrus pulchellus tenuiflorus, típica da região Nordeste do Brasil.

Os primeiros resultados – já publicados na importante revista científica Nature – mostraram que a substância age rapidamente, matando em apenas dez minutos cerca de 90% das células infectadas. As próximas fases de testes preveem o tratamento em macacos e humanos.
A substância poderia ser usada no tratamento do HIV - Josué Damacena/IOC/Fiocruz
Os estudos com as células infectadas com HIV foram executados pelo doutorando do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Mohammad Sadraeian, em parceria com um laboratório específico para o desenvolvimento de pesquisas com HIV, no Health Sciences Center da Louisiana State University, nos Estados Unidos.

Em entrevista ao R7, o professor do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos e orientador da pesquisa, Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, explica que a pesquisa está na fase experimental apenas com células infectadas para demonstrar o conceito.

— Ainda são necessários anos de estudo para que a substância sejar aplicada em outros níveis, como em testes com animais e humanos e, futuramente, transformar a descoberta em medicamento.
Abrus pulchellus tenuiflorus
O estudo
Para elaborar o estudo, os cientistas extraíram da planta uma proteína chamada Pulchellina, já conhecida como uma potente toxina vegetal. A proteína foi combinada com anticorpos e combateu glóbulos brancos [células do sistema imunológico que defendem o organismo contra doenças] infectados pelo HIV.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que 36,7 milhões de pessoas viviam com o vírus HIV em 2015. O vírus pode ser transmitido em relações sexuais sem uso de preservativos; uso compartilhado de seringa, agulha ou instrumentos cortantes não esterilizados; transfusão sanguínea; e na gestação, parto ou amamentação. Em estágio avançado, a infecção pelo vírus se transforma em AIDS. 

O HIV se instala nos glóbulos brancos (leucócitos), células do sistema imunológico que defendem o organismo contra doenças, infecções e outras complicações, liberando proteínas que se distribuem na membrana externa dos leucócitos para enganar o sistema de defesa, transmitindo a mensagem de que as células infectadas estão sadias.

Existem medicamentos antirretrovirais que atuam na estabilidade do sistema imunológico dos portadores do HIV. O tratamento aumenta a sobrevida e melhora a qualidade de vida dos pacientes, mas podem ocasionar efeitos colaterais, como diarreia, vômitos, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo, agitação e insônia. Por isso, o novo tratamento com a substância seria menos invasivo para os portadores do vírus, assim como para pacientes com câncer, afirma o professor.

— No caso do tratamento contra o câncer, o princípio é o mesmo, mas a proteína se ligaria em outro tipo de anticorpo que reconhece as células atingidas pela doença.

O cientista ressalta que a planta não deve ser consumida em nenhuma hipótese, seja por animais ou humanos, porque pode matar, dependendo da dose ingerida.

Fonte: noticias.r7.com

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