Protótipos são feitos com diferentes tecnologias, mas a maioria deles usa telas de OLED (diodo emissor de luz orgânico, na sigla em inglês), substratos plásticos e sensores de curvatura
Pesquisadores de universidades tentam desenvolver um aparelho que faça uma curvatura completa |
Os celulares flexíveis, que podem ser dobrados ao meio, são uma promessa que deve se tornar realidade em breve. Pelo menos se a previsão do presidente de negócios de mobilidade da Samsung, Koh Dong-jin, estiver certa. Após um longo período desenvolvendo a tecnologia, ele afirmou neste ano à agência de notícias ‘Bloomberg’ que pretende lançar o primeiro smartphone flexível da marca já em 2018.
Os desafios não são exclusividade da Samsung. Em todo o mundo, empresas – que incluem outra sul-coreana, a LG – e pesquisadores de universidades tentam desenvolver um aparelho que faça uma curvatura completa, sem apresentar defeitos. E mais: com um custo de fabricação razoável, que não inviabilize a oferta.
No Canadá, por exemplo, pesquisadores da Universidade de Queen, em Ontário, desenvolvem seu próprio aparelho. “O principal desafio é conseguir fabricar materiais maleáveis em larga escala”, explica Roel Vertegaal, diretor do Human Media Lab, da Queen. “Em termos de comparação, estamos em um estado da indústria semelhante aos de telas de LED em meados dos anos 1990.”
A universidade canadense mostrou uma primeira versão do dispositivo em 2016. O conceito do smartphone flexível inclui recursos que permitem interagir com aplicativos sem tocar na tela, apenas dobrando o aparelho.
Os protótipos são feitos com diferentes tecnologias, mas a maioria deles usa telas de OLED (diodo emissor de luz orgânico, na sigla em inglês), substratos plásticos e sensores de curvatura em sua composição. Já itens importantes como chips, baterias e câmeras ainda passam pelos primeiros testes de laboratório para deixarem de ser rígidos e só devem se tornar maleáveis em gerações futuras.
NOVA ERA
A possibilidade de criar novos produtos com telas flexíveis é o que impulsiona os investimentos na tecnologia. Além de celulares e tablets, televisões e painéis de carros são apontados como itens que serão alterados com a chegada das telas flexíveis.
“Quando a tecnologia estiver bem desenvolvida será muito mais barato fabricar telas em geral. Além disso, os objetos serão mais leves e não quebrarão quando caírem no chão”, diz Vertegaal. “A ideia é que eles funcionem, potencialmente, como objetos feitos de papel.”
Mais que ampliar as possibilidades de design, o mercado de telas flexíveis representa uma grande oportunidade de receita para as fabricantes. Segundo o relatório feito pela Research and Markets, em 2016, as telas flexíveis já movimentaram US$ 2,67 bilhões – algumas empresas já usam telas flexíveis em smartphones comuns, como é o caso da Apple, no iPhone X. A expectativa é que, com a chegada de modelos dobráveis às lojas, o mercado chegue a mais de US$ 15 bilhões até 2020.
Fonte: http://agorarn.com.br
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