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domingo, 25 de março de 2018

Escolas de Natal usam robótica no ensino da matemática

Segundo professor, interação com a tecnologia facilita aprendizado da disciplina. Baixas notas dos estudantes brasileiros no Enem motivaram a ampliação do tempo de prova em 2018.
Apenas 7,3% dos estudantes brasileiros atingem níveis satisfatórios de aprendizado da Matemática quando saem da escola, segundo constatou o movimento brasileiro Todos pela Educação a partir de um estudo de 2017. O baixo índice de aprendizado da matemática é tão grave que tem refletido diretamente no rendimento dos estudantes que fazem o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e levou o governo federal a aumentar em 30 minutos o tempo da prova de ciências exatas a partir deste ano.

É justamente para melhorar o desempenho dos estudantes na disciplina, que muitas escolas têm investido na robótica desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, como alternativa de despertar mais interesse das crianças pelos cálculos. Através de situações lúdicas usando a tecnologia, os estudantes constroem e programam robôs de todos os tipos e formas e aplicam ali várias ciências da grade curricular.

“A matemática é uma disciplina cujo aprendizado é bem dependente da escola. Se não aprendeu na escola, difícil aprender na vida. Ao contrário da leitura e da interpretação de texto, por exemplo, cuja prática ajuda a desenvolver o entendimento”, explica Alexandre Amaral, físico e professor de matemática da escola Robô Ciência.

Somente em Natal, a escola especializada tem parceria com 30 instituições de ensino privadas, que já inseriram a robótica nas atividades pedagógicas.

De acordo com ele, além de motivar o aprendizado de uma geração tão acostumada a lidar com tecnologias, a robótica faz o aluno compreender o real significado dos resultados de maneira moderna. A maior preocupação é que o estudante entenda as peças que vai usar e os elementos com os quais está trabalhando.

“A ideia básica é levar ferramentas da ciência e da tecnologia para a sala de aula para que a criança e o adolescente percebam o problema e encontre soluções, seja o protagonista do seu conhecimento”, finaliza.
Fonte: G1 RN

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