terça-feira, 11 de setembro de 2018

Ar muito seco ou muito úmido: qual oferece mais riscos para quem tem asma?

O risco de piora das crises de asma é aumentado tanto quando o ar está muito seco, quanto quando ele está muito úmido. A diferença são os fatores que explicam a deflagração das crises em cada caso. No inverno, por exemplo, o tempo seco e frio, típico da estação, exige muitos cuidados dos pacientes diagnosticados com asma. 

“Os asmáticos possuem uma inflamação nos brônquios, o que os deixam mais sensíveis aos fatores que causam as crises de asma. Um fator desencadeante é uma substância ou uma ação que desencadeia uma crise. Um desses fatores é o ar frio e seco, presente geralmente nos períodos de outono-inverno”, afirma o pneumologista Mauro Gomes.

Umidade excessiva pode agravar a asma

Para combater o ar seco, muitos pacientes utilizam aparelhos umidificadores, mas estes também podem gerar o mesmo efeito negativo, caso não sejam utilizados corretamente. “Os umidificadores não são totalmente úteis para os indivíduos alérgicos, pois eles podem aumentar a umidade dentro de casa, o que pode favorecer os ácaros e fungos e agravar as alergias”, explica o médico.

Os umidificadores podem ser úteis, especialmente nos dias mais secos e frios, mas desde que sejam utilizados de forma adequada, ou seja, sem umidificar demais o ar, passando para o outro extremo. “Os aparelhos devam ser utilizados no máximo por uma hora, preferencialmente antes de dormir, e desligados em seguida. Não se deve deixar os umidificadores ligados durante a noite toda”, avisa Mauro.
Cigarro é muito perigoso para pacientes com asma

Além da qualidade do ar, existem diversos outros fatores que contribuem para a piora da crise de asma. O cigarro é um deles e merece destaque pois compromete muito os pacientes com essa condição. “A fumaça do cigarro também é um importante fator de irritação das vias aéreas e desencadeante de crises. Orienta-se para que nenhuma pessoa fume dentro da casa onde vive um asmático, pois o ar de todos os ambientes se mistura e o paciente sentirá os efeitos negativos mesmo assim”, recomenda o profissional.

Dr. Mauro Gomes é pneumologista pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e chefe de equipe de Pneumologia do Hospital Samaritano de São Paulo. CRM-SP: 59917 –drmaurogomes.com.br
Foto: Shutterstock
Fonte: cuidadospelavida.com.br

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