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domingo, 21 de outubro de 2018

Antes pioneiro, Brasil perde espaço em novas ações contra o tabagismo

Da Folha:
Reconhecido como um dos primeiros países a adotar medidas mais duras contra o tabagismo, o Brasil vive o desafio de reverter uma estagnação no índice de fumantes, ao mesmo tempo em que entraves judiciais e no Congresso o levam a perder a liderança em novas ações.

Segundo país do mundo a adotar imagens de advertência sobre os riscos de fumar, em 2001, o Brasil está atrás de outros países quando se compara o espaço dedicado a essa medida. Os dados são do relatório Cigarette Package Health Warnings: International Status Report, da Sociedade Canadense de Câncer.

Com 65% de toda a embalagem ocupada por advertências (30% da frente), o Brasil ocupa a 53ª posição no ranking. Em 2016, estava na 41ª.

“O Brasil foi o segundo a adotar imagens de advertências nas embalagens. Também foi um dos primeiros países a banir expressões como ‘light’ e ‘suave’ dos cigarros. Mas agora está realmente ficando para trás”, afirma Rob Cunningham, analista de políticas e responsável pela análise.

Por outro lado, avançou o número de países que dedicam maior espaço nos maços para os alertas ou que adotam embalagens genéricas.

A Austrália foi o primeiro país a adotar o maço genérico, em 2012, com cores e tipografias padronizadas. Estudos apontam que a mudança, acompanhada de maior espaço aos alertas, ajudou acelerar a tendência de queda na prevalência de fumantes.

Desde então, nove países já adotam a iniciativa, e 16 avaliam a implementação. O mais recente foi o Uruguai.

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