Italiano usava barba e bigodes falsos no momento da prisão em Santa Cruz de la Sierra
O italiano Cesare Battisti foi preso na Bolívia, neste sábado. Ele estava foragido desde o último 14 de dezembro, quando o Supremo Tribunal Federal determinou a sua prisão. No mesmo dia, o então presidente da República, Michel Temer, assinou a sua extradição para a Itália.
A informação foi dada pelo assessor especial da Presidência da República, Filipe Martins, em sua conta no Twitter. Battisti foi condenado por atentados na Itália na década de 1980.
“O terrorista italiano Cesare Battisti foi preso na Bolívia esta noite e em breve será trazido para o Brasil, de onde provavelmente será levado até a Itália para que ele possa cumprir pena perpétua, de acordo com a decisão da justiça italiana“, escreveu.
Notícia na Itália
O jornal Corriere della Sera traz detalhes, que ainda não foram confirmados por autoridades brasileiras. Segundo a publicação italiana, Battisti foi preso às 17h em Santa Cruz de la Sierra e usava barba e bigode falsos no momento. Ele não resistiu à prisão.
A condenação de Battisti
Em 1988, Battisti foi condenado na Itália por quatro homicídios cometidos quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. Ele chegou ao Brasil em 2004, onde foi preso três anos depois.
Battisti foi solto da Penitenciária da Papuda, em Brasília, em 9 de junho 2011. Ele voltou a ser preso em outubro do ano passado na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele tentou sair do país ilegalmente com cerca de R$ 25 mil em moeda estrangeira. Após a prisão, Battisti teve a detenção substituída por medidas cautelares.
Pedido antigo
A Itália conseguiu algo que vinha pedindo ao governo brasileiro há oito anos. O governo italiano pediu a extradição de Battisti, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti poderia ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pelo Supremo.
Fonte: www.otempo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário