A menor de 17 anos matou a mulher em janeiro e ocultou o corpo em um quarto da casa em que viviam, num condomínio de luxo na Pampulha.
Quarto onde o corpo da vítima foi encontrado |
O Tempo:
Vestida com trajes vermelhos e com a cabeça adornada por um par de chifres cor de carmim, a adolescente de 17 anos que assassinou a avó paterna de 57 anos e ocultou o corpo, no bairro Copacabana, na região da Pampulha, publicou no Instagram uma foto fantasiada, com a legenda "anjo em certas horas, um capeta a cada momento".
Vestida com trajes vermelhos e com a cabeça adornada por um par de chifres cor de carmim, a adolescente de 17 anos que assassinou a avó paterna de 57 anos e ocultou o corpo, no bairro Copacabana, na região da Pampulha, publicou no Instagram uma foto fantasiada, com a legenda "anjo em certas horas, um capeta a cada momento".
Segundo informações fornecidas pela Polícia Militar, a jovem teria saído de casa na tarde de segunda-feira (4) para se divertir e pular Carnaval com os amigos, enquanto o corpo da mulher apodrecia em um quarto desde janeiro.
O crime foi descoberto ainda durante a noite, quando a Polícia invadiu a casa após ter recebido uma denúncia da filha da vítima, que há muito não conseguia falar por telefone com a mãe.
Fachada do condomínio de luxo onde ocorreu o crime | Foto: Google Street View/ Reprodução |
Entenda:
A adolescente de 17 anos foi criada por Elizabeth Martins Augusto de Amorim, de 57 anos. À Polícia, a menina contou que esfaqueou a mulher por ter sido repreendida ao chegar tarde de uma festa. Depois de matá-la, a menor enrolou o corpo ainda sujo de sangue em um lençol e o escondeu em um dos quartos da casa.
Desde janeiro, quando matou a mulher que a criou, a adolescente se passava por ela em aplicativos de mensagens, o que dava a entender que ela estava bem, uma estratégia para garantir que familiares não suspeitassem do crime.
Os policiais contaram que os cartões de crédito e de débito da vítima estavam sendo usados diariamente pela adolescente. Elizabeth era viúva de um coronel da reserva e por isso recebia uma pensão mensal de cerca de R$ 30 mil.
À Polícia Militar, a jovem explicou que, apesar do desentendimento que teria motivado o crime, tinha uma boa relação com Elizabeth e, inclusive, a chamava de “mãe”. Ela foi encontrada pelos agentes da PM, no bairro Fernão Dias, ao lado de um tio da família materna, que é advogado e ajudará em sua defesa.
Sumiço de mulher preocupou a família
A filha de Elizabeth, tia da adolescente, contou para a PM que depois de inúmeras tentativas de falar com a mãe, sem sucesso, resolveu ir até sua casa para ver o que estava acontecendo. Ao chegar no local, ninguém atendeu a porta, e, por isso, ela chamou um chaveiro para abrir o imóvel.
Ela contou que a casa estava desorganizada e com um odor muito forte, e por isso ela resolveu ligar para a polícia, que encontrou o corpo em um quarto fechado.
Ainda de acordo com a filha da vítima, Elizabeth estava passando por um processo de depressão e por isso não saía muito de casa. Ela chegou a ligar para a suspeita que disse que Elizabeth estava bem, mas o fato da mãe não responder às ligações incomodou a filha, que resolveu procurá-la.
Cheiro forte incomodou vizinhos:
Os vizinhos contaram que o cheiro forte da casa já era percebido desde o início do ano. Ainda de acordo com eles, a neta da vítima continuou morando no local normalmente. Eles contaram que ela vivia dando festas e que o último evento foi há cerca de 15 dias.
Os moradores do local não quiseram se identificar. Eles contaram que apenas as duas moravam na casa, há no máximo um ano e meio. Um dos interlocutores contou que a menor esteve na casa na segunda-feira, mais ou menos 20 minutos antes da filha da vítima chegar no local.
Outro vizinho contou que a suspeita não se relacionava com ninguém do condomínio. Segundo ele, a vítima não saía muito de casa. “A menina fazia caminhadas pelas ruas do condomínio, às vezes. Ela não tinha amizade com ninguém daqui. Apenas cumprimentava, dava bom dia, boa noite. Aqui no condomínio há um local de convivência com churrasqueira e piscina, mas ela nunca frequentava. Só via ela caminhando ou regando o jardim. Já a vítima, a Elizabeth, nunca vi ela na rua”, contou uma fonte.
Já outro morador disse que a casa ficava muito vazia. "Parecia que não morava ninguém lá, só os cachorros", disse. Ele ainda disse que via a menina algumas vezes cuidando dos animais e aguando o jardim.
Relacionamento
Um oficial da PM contou que de acordo com as investigações, a suspeita se relaciona com um morador da favela do Índio, no bairro Santa Mônica, na região da Pampulha. “Em suas redes sociais têm muitas fotos dela na favela do Índio. Ela mesma marcava a localização”, contou.
Fonte: www.otempo.com.br
Fonte: O Tempo
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