O Papa Francisco criticou neste sábado (25) o “diagnóstico pré-natal” realizado pela medicina que antecipa doenças no feto e opinou que, para esses casos, o aborto não é a solução para tais problemas.
“O medo e a hostilidade relativos à deficiência levam com frequência à escolha do aborto, configurando-o como uma prática de prevenção. […] O aborto nunca é a resposta que as mulheres e as famílias procuram”, disse o pontífice em um encontro com os participantes do congresso internacional ‘Yes to Life’ (“Sim à Vida”) no Vaticano.
Para Francisco, “a vida humana é sagrada e inviolável e a utilização do diagnóstico pré-natal com fins seletivos deve ser desencorajada porque é a expressão de uma mentalidade desumana de eugenia, que priva as famílias da possibilidade de acolher, abraçar e amar seus filhos mais frágeis”, acrescentou o líder católico.
O papa acrescentou que “as crianças, desde o ventre materno” são “pequenos pacientes, que frequentemente podem ser curados com intervenções farmacológicas, cirúrgicas e assistenciais extraordinárias”.
Além disso, Francisco argumentou que essas crianças são capazes de “reduzir a terrível lacuna entre as possibilidades diagnósticas e terapêuticas, que durante anos foi uma das causas do aborto voluntário e do abandono da atenção ao nascer de muitas crianças com doenças graves”.
Por fim, o pontífice reconheceu que “as técnicas modernas de diagnóstico pré-natal são capazes de descobrir desde as primeiras semanas a presença de más-formações e patologias”, mas advertiu que “a evolução de cada doença é sempre subjetiva e nem sequer os médicos sabem com frequência como ela se manifestará em cada indivíduo”.
Fonte: EFE
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